BusinessTimes

CCR mantém tendência após delação; ação perde mais de 17% em três dias

27 fev 2018, 11:59 - atualizado em 27 fev 2018, 11:59

Investing.com – A notícia de uma abertura interna de investigação na CCR (SA:CCRO3) para investigar as informações de que o empresário Adir Assad teria pagado comissão ao ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, em esquema de corrupção envolvendo o grupo de concessionárias de rodovias não ajudou a tranquilizar os investidores.

Na abertura dos negócios desta terça-feira, as ações da companhia operam em nova queda de 2,10% a R$ 12,15. Só no pregão de ontem, a desvalorização foi de 10,01%, com o ativo fechando o dia negociado a R$ 12,41. Desde a publicação da notícia no jornal O Globo, de sexta-feira, as ativos acumulam perdas de 17,35%, perdendo R$ 2,93 por ação entre o maior e o menor valor registrado no período.

A empresa, no entanto, afirmou que segue “rigorosamente legislações vigentes e normas de conduta previstas no Código de Conduta Ética da Companhia e na Política da Empresa Limpa”.

Na manhã de ontem, em teleconferência com analistas, o diretor financeiro da CCR, Arthur Piotto, afirmou que é muito cedo para avaliar eventuais impactos das investigações sobre a empresa. E que a companhia “não tem relação com qualquer das atividades relacionadas à Lava Jato.”

Na noite de quinta-feira, a CCR divulgou o resultado do último trimestre do ano passado, com aumento expressivo no lucro, mas dentro do esperado pelo mercado.

O lucro da empresa de concessões deu um salto no quarto trimestre, uma que vez que a companhia se beneficiou da melhora do tráfego nas estradas que administra e teve menores custos com serviço da dívida.

A CCR relatou que teve lucro líquido de 329,1 milhões de reais no período, alta de 94,2 por cento ante mesmo período de 2016. No critério mesma base, que exclui novos negócios, o salto foi ainda maior: 163 por cento, para 425 milhões de reais.

Com Reuters

Por Investing.com