Bradesco BBI

CCR “economizou” R$ 168 milhões com acordo de leniência

30 nov 2018, 15:22 - atualizado em 30 nov 2018, 15:22

A CCR (CCRO3) fez um ótimo negócio ao fechar em R$ 81,5 milhões o seu acordo de leniência com o Ministério Público do Estado de São Paulo, conforme revelado ao mercado na quinta-feira (29). A reação do mercado fala por si: alta de 11,17%, o que levantou os papéis para R$ 12,74. Os montantes serão pagos em duas parcelas, a primeira no valor de 49,265 milhões de reais em 1 de março de 2019 e o saldo remanescente em 1 de março de 2020.

O acordo, um “Termo de Autocomposição”, será posteriormente encaminhado para homologação judicial. A empresa não deu detalhes do acordo, que envolve denúncias divulgadas no começo deste ano sobre suposto pagamento de comissão a ex-diretor da Dersa, empresa estadual de rodovias. A empresa relatou ter doado R$ 44,6 milhões para o caixa dois de políticos de São Paulo, em valores corrigidos.

Segundo cálculos do Bradesco BBI, o valor da multa “está bem abaixo da expectativa do mercado e do nosso cenário (R$ 250 milhões, ou cerca de R$ 0,10 por ação), destacam os analistas Victor Mizusaki e Ricardo França.

Os nomes dos políticos estão sendo mantidos sob sigilo, mas a publicação informa que fazem parte do grupo o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), o senador José Serra (PSDB-SP) e o ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD), que será chefe da Casa Civil do governador eleito João Doria (PSDB).