CCR (CCRO3): Saída do CEO não deve afetar estratégia de crescimento; ação cai 1%
A saída de Marco Cauduro do cargo de CEO da CCR (CCRO3) não deve afetar a estratégia de crescimento da companhia, afirmam os analistas Victor Mizusaki e Ricardo França do Bradesco.
Na véspera da nova rodada de leilões de aeroportos, que acontece na quinta-feira (18), o CEO da CCR renunciou ao cargo por questões de foro pessoal. Cauduro permaneceu por dois anos e meio como presidente.
Segundo a CCR, na gestão dele a empresa agregou a concessão rodoviária RioSP (Dutra), as Linhas 8 e 9, os blocos Sul e Central na 6ª rodada de concessões aeroportuárias e o aeroporto da Pampulha. No mesmo período, a companhia assinou aditivos contratuais da Autoban, realizou o rebalanceamento da ViaQuatro e a venda da TAS.
No pregão desta quarta-feira (17), por volta das 13h00, as ações da CCR caíam 1,05%, a R$ 14,15.
Apesar da reação negativa, os analistas do Bradesco recomendam a compra de CCRO3, com preço-alvo de R$ 16,00.
A saída de Cauduro da CCR
Na análise do Bradesco, a CCR possui um processo decisório bem estruturado para novos investimentos, uma vez que deve ser aprovado pelo conselho de administração. “O anúncio não deve interferir na análise de novos projetos”, dizem Mizusaki e França.
A companhia informou que Cauduro ajudará a companhia no processo de transição, que começará imediatamente.
Os analistas afirmam que Cauduro facilitará a transição para o novo CEO, processo que deve ser concluído no segundo semestre de 2022, quando o mercado espera que Votorantim e Itaúsa já recebam a aprovação final para fechar a aquisição da participação da Andrade Gutierrez no bloco de controle.
A CCR ainda anunciou na quarta-feira que ficará de fora da disputa para arrematar o aeroporto de Congonhas. Para os analistas, a saída de Cauduro aparentemente não tem relação com esse fato.
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