CCR ainda pode valer 28% mais, segundo Mirae
A CCR (CCRO3) deve apresentar uma recuperação em todos os segmentos de atuação no terceiro trimestre do ano, disse a Mirae Asset. Essa trajetória positiva será intensificada nos trimestres seguintes, apoiada na expectativa de retomada da economia brasileira.
Fernando Bresciani e Pedro Galdi, analistas da gestora de recursos, também contam com o reequilíbrio econômico dos contratos de concessões administradas pela CCR para que a companhia possa entregar números cada vez melhores daqui em diante.
A recomendação de compra da ação foi reiterada pela Mirae, que indicou o preço-alvo para o médio/longo prazo de R$ 16,76. O potencial de valorização é de 28%.
Resultados
A CCR reverteu o lucro e terminou o segundo trimestre de 2020 com prejuízo líquido de R$ 164,7 milhões. Apesar do saldo negativo, o resultado veio melhor do que o esperado.
O Ebitda ajustado caiu 39,7% no comparativo anual, para R$ 819,4 milhões.
O tráfego recuou 22,1% no período, enquanto a mobilidade urbana apresentou uma queda de 73,6%, com aeroportos sofrendo mais (-95%).
Visão da Planner
A Planner alterou a recomendação de venda da e passou a indicar a compra da ação da CCR, com novo preço-alvo de R$ 17,50, por enxergar melhorias significativas das operações da empresa.
Além disso, a CCR está perto de vencer duas concessões importantes: a RodoNorte e a NovaDutra. Sobre a segunda, a Planner mencionou a intenção do governo de prorrogar a concessão por falta de tempo hábil. O que poderia ser encarado como um empecilho não foi visto com preocupação pela corretora.
“A lei permite ao governo prorrogar em até dois anos o contrato, mas é provável que não seja necessária uma extensão tão grande do prazo”, disse Luiz Francisco Caetano, analista da corretora. “A empresa tem várias discussões com o Poder Concedente para reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, que pode resultar tanto em pagamento quanto na extensão do prazo da concessão”.