CBA tem recomendação de compra apesar de resultado mais fraco no trimestre
A CBA (Companhia Brasileira de Alumínio) (CBAV3) reportou um resultado operacional aquém do esperado pelo mercado. A empresa registrou prejuízo de R$ 41 milhões no terceiro trimestre, abaixo do déficit de R$ 460 milhões vistos no ano anterior, já a receita líquida atingiu um novo recorde trimestral, de R$ 2,3 bilhões.
Em relatório, Thales Carmo, analista da XP Investimentos, explica que os principais destaques foram os maiores preços de venda, devido ao aumento do alumínio, e maiores volumes de vendas, especialmente para produtos transformados.
Já do lado negativo, “os custos aumentaram, pressionados pela alta de preços de diversos insumos, inclusive a energia elétrica”. Após ponderar os fatores, o analista manteve a sugestão de compra dos papéis.
O ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da CBA foi de R$ 314 milhões no período, 5% abaixo da estimativa do Bradesco BBI de R$ 329 milhões, um recuo de 13% no trimestre, mas alta 97% no comparativo anual. A análise de Gustavo Schroden, do BBI, e da Maria Clara Negrão, da Ágora Investimentos, também manteve a recomendação de compra das ações da companhia de alumínio, com preço-alvo de R$ 21.
O texto dos analistas destacou os volumes saudáveis de alumínio, os preços de venda mais forte do que o esperado devido ao mix de produtos melhorado e prêmios mais elevados; o desempenho de custo cerca de 13% acima do esperado, impactado por custos de energia mais altos e outras matérias-primas vinculadas ao dólar; e a queda da dívida líquida para R$ 2,3 bilhões, ante R$ 2,5 bilhões no 2º trimestre.