CBA: Entenda o que leva o Safra a recomendar compra da ação mesmo baixando preço-alvo

CBA: Entenda o que levou o Safra a atualizar a recomendação de Compra para a companhia (Imagem: iStock/ D.Lentz)

O Banco Safra passou a recomendar a compra da ação da CBA (CBAV3), refletindo o desempenho mais fraco do papel ante o preço do alumínio. Apesar do banco ter diminuído o preço-alvo de R$ 8,10 por ação para R$ 7,20, há visões positivas para a empresa pela frente. Nesta segunda-feira (26), perto das 16h, a ação subia 2%, a R$ 5,53. Isso quer dizer que o preço-alvo do Safra sinaliza um potencial de valorização de 30%.

• 4.240% do Ibovespa: BTG Pactual revela ações da carteira recomendada de small caps que rendeu 4.643% de julho de 2010 até 1º de agosto

De acordo com o analista Ricardo Monegaglia, do Safra, o otimismo pela CBA aumentou com a maior probabilidade de cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos. Além disso, a recuperação dos preços do alumínio em meses sazonalmente fracos também melhoram o ambiente para a companhia.

O analista explica que a ação chegou a acumular queda superior a 30% desde que o Safra começou a cobrir a empresa, em julho, acompanhando o preço do alumínio. À medida que o alumínio voltou à casa dos US$ 2.400 a tonelada, depois de cair à casa dos US$ 2.160, CBA ON teve alta acumulada de 17%.

“A alavancagem operacional para os preços do alumínio é essencial para o caso de investimento da CBA, e estamos aproveitando a oportunidade para atualizar nossa recomendação para Compra em vista do desempenho lento das ações em relação à commodity e os níveis de avaliação atraentes”, afirmou.

Apesar disso, Monegaglia alerta alguns dos principais riscos corridos pela CBA nos próximos meses. Os principais são alerta são: a materialização da lista potencial de projetos e aumento da produção na China e na Europa; uma demanda abaixo das expectativas, com a possível desaceleração nas tendências de eletrificação e maior deterioração no setor imobiliário chinês; o fim das sanções dos EUA/Reino Unido contra o alumínio russo.

Por fim, o analista afirma que uma falha na renovação de concessões de energia hidrelétrica, além de preços do alumínio e câmbio diferentes das previsões do banco, também consistem em riscos potenciais para a companhia. O Safra prevê que o preço do alumínio no longo prazo será de US$ 2.411/t.