CBA (CBAV3) e Reservas Votorantim emitem primeiros créditos de carbono do Cerrado
A Companhia Brasileira de Alumínio — ou CBA (CBAV3) — e a desenvolvedora de projetos de economia verde Reservas Votorantim estão emitindo os primeiros créditos de carbono gerados a partir do bioma Cerrado, de acordo com um comunicado nesta terça-feira.
Os créditos serão leiloados a partir desta data, e os potenciais compradores têm até o final de setembro para apresentarem propostas, disseram as empresas.
A emissão de créditos de carbono gerados em áreas preservadas do Cerrado é pioneira, segundo o comunicado. Neste momento, serão gerados cerca de 316 mil créditos, abrangendo o período entre 2017 e 2021.
O Cerrado, com predomínio do cultivo de soja e milho para exportação e consumo local, está sendo destruído mais rapidamente do que a vizinha floresta amazônica, de acordo com o Worldwide Fund for Nature (WWF).
No Brasil, de acordo com o código florestal de 2012, os agricultores devem conservar 35% da área de suas propriedades no Cerrado, e 80% da área se a fazenda estiver na Amazônia.
O fortalecimento dos mercados voluntários de carbono é uma ferramenta importante para reduzir o desmatamento no Brasil, pois oferece uma forma de compensar os agricultores que preservam a vegetação mesmo em locais onde podem cortar árvores legalmente.
A Reservas Votorantim certificou uma área de 11.500 hectares no Estado de Goiás, onde poderá gerar cerca de 50 mil créditos de carbono por ano, segundo o comunicado.
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