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CBA: Com fim do rali do alumínio, UBS aciona botão de cautela sobre ações

15 ago 2022, 15:09 - atualizado em 15 ago 2022, 15:09
CBA IPO
Ações da CBA ganharam impulso ao longo de 2021 e no primeiro trimestre de 2022, com estímulos relacionados à Covid do lado da demanda, somados ao fechamento da capacidade de fundição do lado da oferta (Imagem: B3/Divulgação)

O UBS iniciou a cobertura da Companhia Brasileira de Alumínio (CBACBAV3) com recomendação “neutra” e preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 14, indo contra o consenso.

Embora acredite que a empresa continuará gerando retornos de caixa generosos, com o alumínio atualmente negociado por volta dos US$ 2.500, o banco entende que a correção recente nos preços da commodity e a inflação de custos persistente devem levar o mercado a diminuir suas estimativas para o segundo semestre.

“Os preços do alumínio devem negociar a uma faixa de US$ 2.400-2.600 a tonelada até o segundo semestre de 2023, de acordo com nossas estimativas, suportados por uma curva de custos global elevada, mas limitada pela pressão recessiva da demanda”, dizem os analistas Andreas Bokkenheuser, Cadu Schmidt e Daniel Major, em relatório elaborado neste domingo (14).

Cenário misto

O UBS destaca que os fundamentos para o alumínio estão melhores do que já estiveram na maior parte dos últimos 10-15 anos, apoiados por melhorias estruturais na demanda e por uma inflação de custos pesando sobre a oferta.

Mas, na avaliação do UBS, o cenário para a commodity é misto. Por um lado, as disrupções adicionais na produção podem dar suporte aos preços, com o risco da oferta russa ainda no radar. Ademais, investimentos na infraestrutura chinesa em “projetos da nova economia” provavelmente darão suporte na demanda de 2023 em diante. Porém, a desaceleração no segmento imobiliário, com juros crescentes e pressão recessiva na demanda, é um revés.

“Um aumento de 2% na demanda global e um crescimento de 3,6% na oferta neste ano provavelmente equilibrará o mercado, resultando em um pequeno excedente de alumínio nos próximos 12 meses”, avaliam os analistas.

O UBS reforça que a pressão recessiva na demanda está levando a um pequeno superávit no mercado em 2023, seguido de um déficit de 2024 em diante.

Rali acabou (por ora)

As ações da CBA ganharam impulso ao longo de 2021 e no primeiro trimestre de 2022, com estímulos relacionados à Covid do lado da demanda, somados ao fechamento da capacidade de fundição do lado da oferta.

Com a correção em meio à desaceleração de estímulos e aumento da oferta, os preços corrigiram a aproximadamente US$ 2.500 a tonelada, patamar ainda considerado elevado pelo UBS e já refletido nos papéis da CBA.

“O preço de alumínio implícito de ~US$ 2.500/tonelada é relativo à nossa estimativa de US$ 2.575/tonelada em 2023 e ~US$ 2.500/tonelada preço spot, dando suporte ao nosso rating neutro”, completam Bokkenheuser, Schmidt e Major.

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