CBA (CBAV3) vê preços de alumínio pressionados por incerteza macroeconômica
A Companhia Brasileira de Alumínio CBA (CBAV3) avalia que os preços internacionais do metal com referência na bolsa de Londres estão defasados em relação aos custos e pressionados por incertezas macro que incluem o nível de demanda futura da China.
“O patamar atual da LME (London Metal Exchange) nas últimas semanas não remunera a indústria de maneira adequada dado os patamares de custos elevados”, disse o diretor financeiro da CBA, Luciano Alves, a jornalistas nesta sexta-feira.
“O principal ponto é a China, que é entre 55% e 60% da oferta e demanda de alumínio do mundo”, afirmou Alves. “Nesse momento não existem surpresas sobre oferta…mas o principal impacto é a incerteza sobre a demanda futura da China”, acrescentou.
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A CBA divulgou na noite da véspera que teve prejuízo líquido de 80 milhões de reais no quarto trimestre, revertendo resultado positivo de 615 milhões de reais apurado um ano antes.
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado caiu 79%, a 103 milhões de reais.
A CBA manteve o mesmo volume de vendas no quarto trimestre, 122 mil toneladas, que o registrado um ano antes, mas a receita líquida caiu 19%.
As ações da companhia exibiam queda de 3,8% às 10h10. O papel não faz parte do Ibovespa, que no mesmo horário mostrava queda de 0,5%.
Questionado se a companhia pretende elevar exportações neste ano diante da fraqueza do mercado doméstico após boom em 2021, Alves disse que a CBA costuma dedicar cerca de 10% de suas vendas para o mercado externo, principalmente os Estados Unidos.
“Este ano a incerteza é muito grande…Vamos priorizar o mercado local, mas sempre que não houver demanda aqui podemos exportar”, disse o executivo.