CBA (CBAV3) vai de lucro a prejuízo de R$ 80 milhões no 4T22
A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA – CBAV3) registrou prejuízo de R$ 80 milhões no quarto trimestre de 2022. Com isso, a empresa reverteu o lucro de R$ 615 milhões reportado no mesmo período de 2021, mostram dados divulgados nesta quinta-feira (9).
A CBA explica que houve impacto pela atualização da taxa de desconto do passivo ambiental (ARO) de Niquelândia e Itamarati, consequente reversão do impairment constituído e constituição de impairment de MRN, uma vez que a companhia está negociando a venda da participação.
“O controle acionário da Enercan, a partir de dezembro de 2022, passou a ser detido por outro acionista. Consequentemente, este investimento, que era apresentado linha a linha nas informações financeiras da CBA Energia, passou a ser contabilizado por equivalência patrimonial a partir de dezembro de 2022”, explica.
No acumulado do ano, a CBA conseguiu reportar lucro de R$ 957 milhões, alta de 15% em relação a 2021.
A receita líquida da empresa recuou 19% no quarto trimestre, a R$ 1,95 bilhão, principalmente pela redução de R$ 414 milhões na receita do negócio de alumínio comparado com os últimos três meses de 2021. O volume de vendas ficou estável em 122 mil toneladas.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 103 milhões no quarto trimestre, tombo anual de 79%. A margem Ebitda ajustada contraiu 16 pontos percentuais, passando de 21% para 5%.
A variação dos principais ajustes no Ebitda se refere principalmente a:
- reversão de impairment, principalmente pela atualização da taxa de desconto do passivo ambiental (ARO) de Niquelândia;
- reclassificação do investimento em MRN para ativo mantido para a venda, com o avanço nas negociações de desinvestimento por parte da CBA; e
- perda na venda de imobilizado do ativo de níquel de São Miguel Paulista.