Cazaquistão promete eliminar ‘terroristas’ e presidente aperta o cerco após protestos
As autoridades do Cazaquistão disseram neste domingo que a situação já está se estabilizando após o período de maior agitação política em 30 anos de independência, e que tropas da aliança militar liderada pela Rússia estão protegendo instalações estratégicas do país.
Oficiais de segurança disseram ao presidente Kassym-Jomart Tokayev que seguem as operações de “limpeza” no país, uma ex-república soviética da Ásia Central que faz fronteira com a Rússia e a China e tem na produção de petróleo seu carro-chefe.
Milhares foram detidos e prédios públicos foram incendiados durante protestos em massa contra o governo na semana passada.
Tokayev emitiu ordens de atirar para matar e assim acabar com os distúrbios, causados por bandidos e terroristas, segundo ele.
O canal de TV estatal Khabar 24 disse que 164 pessoas foram mortas, informaram as agências de notícias TASS e Sputnik. Mas o Ministério da Saúde não confirmou as informações, alegando ser assunto de polícia. Já as forças policiais disseram à Reuters que o ministério deve ser consultado.
A convite de Tokayev, a Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO), liderada pela Rússia, enviou tropas para restaurar a ordem, uma intervenção que ocorre em meio a um momento de alta tensão nas relações entre Rússia e EUA, às vésperas das negociações entre estes dois países a respeito da crise na Ucrânia.
“Uma série de instalações estratégicas agora estão sob proteção do contingente de manutenção da paz dos Estados membros da CSTO”, disse o gabinete presidencial, detalhando o briefing de segurança emitido por Tokayev.