Catar quer Brasil como principal parceiro na América Latina
Uma delegação do Catar estará no Brasil entre os dias 26 e 27 deste mês em busca de oportunidades para investir no País. O anúncio foi feito nesta terça-feira (17) pelo embaixador daquele país árabe, Ahmed Al Abdulla, em encontro com presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Segundo Al Abdulla, o objetivo é tornar o Brasil principal parceiro do Catar na América Latina. Rodrigo Maia ressaltou as oportunidades de investimento em infraestrutura no Brasil, especialmente nos segmentos de aeroportos, portos, rodovias e ferrovias.
“Sem a contribuição dos investimentos externos, não seremos capazes de renovar nossa infraestrutura”, afirmou, acrescentando que “a parceria com o Catar poderá ajudar de modo importante no esforço de retomada do crescimento econômico e criação de novos empregos”.
A aproximação entre os dois países começou com a recente visita oficial de Rodrigo Maia a Doha, capital do país. No ultimo dia 8, o deputado se reuniu com o Emir do Catar, Xeique Tamim Al Thani.
A delegação será integrada por autoridades dos ministérios do Comércio e Indústria, da Fazenda e das Relações Exteriores e também do Fundo do Catar para o Desenvolvimento (QFD) e da Autoridade de Investimento do Catar (QIA). Além de investimentos, eles virão discutir o texto de acordos que permitam um estreitamento dos laços políticos e econômicos entre os dois países.
Amazônia
Ao destacar a relevância do agronegócio brasileiro para a segurança alimentar dos países árabes, o embaixador Al Abdulla reiterou a oferta feita pelo Emir do Catar de contribuir com recursos para o combate das queimadas na Amazônia: “Queremos apoiar o Brasil em seu esforço de proteger o meio ambiente e promover do desenvolvimento sustentável”. Oferta que Maia prometeu transmitir às demais autoridades brasileiras.
Rodrigo Maia comentou, ainda, a possibilidade, discutida em Doha, de uma maior cooperação entre Brasil e Catar nas áreas de esportes e gestão de grandes eventos. O Catar irá sediar a Copa do Mundo de 2022 e tem interesse em beneficiar-se da experiência brasileira acumulada com a organização da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.