Gás

Catar pode redirecionar gás para Europa com mediação dos EUA, diz Reuters

26 jan 2022, 10:43 - atualizado em 26 jan 2022, 10:43
Doha, um dos maiores produtores de gás natural liquefeito (GNL) do mundo, pode enviar algum gás extra adicional para a Europa (Imagem: Saudi Press Agency/Divulgação via REUTERS)

O Catar precisará da ajuda dos Estados Unidos para persuadir os compradores de gás natural de Doha a redirecionar alguns suprimentos para a Europa, caso um conflito entre Rússia e Ucrânia interrompa as entregas russas ao continente, disse uma fonte familiarizada com as discussões.

A questão será discutida em conversas em Washington na próxima semana entre o emir do Catar, Sheikh Tamim bin Hamad al-Thani, e o presidente dos EUA, Joe Biden, disse uma das fontes.

Nas últimas semanas, o governo dos EUA abordou Doha e outros grandes produtores de energia para ver se eles podem ajudar caso a Rússia ataque a Ucrânia e os Estados Unidos imponham sanções a Moscou.

“Doha pode ajudar no caso de uma grande perturbação global como aconteceu em 2011 durante Fukushima”, disse a fonte, referindo-se ao acidente com um reator nuclear no Japão.

Doha, um dos maiores produtores de gás natural liquefeito (GNL) do mundo, pode enviar algum gás extra adicional para a Europa.

Mas não tem muita oferta de reposição, já que a maioria dos volumes é contratada em acordos de longo prazo, disse a fonte.

“Os principais clientes de gás do Catar precisarão ser persuadidos pelos EUA ou outros a permitir o redirecionamento de seu gás para a Europa como uma solução de curto prazo.”

A longo prazo, o Catar espera que suas exportações de GNL aumentem significativamente. Mas, para garantir a segurança energética, a União Europeia precisa pensar em se comprometer com contratos de GNL de longo prazo para evitar futuros choques de fornecimento, disse a fonte.