Internacional

Castelo quase intocado está à venda na Escócia por US$ 9,7 mi

19 ago 2019, 16:15 - atualizado em 19 ago 2019, 16:15
Escócia
O resultado é uma impecável mansão de 1.690 metros quadrados e sete quartos. Há três estruturas separadas, incluindo dois chalés independentes, de modo que a propriedade tem no total 13 quartos (Imagem: Simon Dawson/Bloomberg)

Quando a família de Stephen Leach comprou o Castelo de Seton, em East Lothian, na Escócia, em 2007, a propriedade contava com quase 800 anos de ocupação por aristocratas.

A estrutura renascentista há hospedou a Rainha Maria, que supostamente jogou golfe nas adjacências do palácio. Depois dos levantes jacobitas, o edifício caiu em desuso. No final do século 18, Alexander MacKenzie comprou a propriedade e contratou o famoso arquiteto Robert Adam para construir ali uma nova mansão. O palácio foi derrubado e suas pedras foram reaproveitadas na nova casa.

Mackenzie morreu alguns anos depois da conclusão da obra. O castelo construído no mesmo local do palácio derrubado foi adquirido pela família de nobres Wemyss, que ficou com a propriedade por mais de dois séculos. O local foi vendido em 2003 para uma construtora que o reformou e colocou à venda.

Quando se mudaram para lá, Leach e a família ocuparam uma residência construída com pedras que foram talhadas na época em que Dante escrevia A Divina Comédia.

“Estávamos procurando algo com substância”, lembra Leach, empreendedor de tecnologia que fundou diversas empresas com a esposa, Heather. “Mas antes da compra, se alguém dissesse a minha esposa ou a mim que nós teríamos um castelo, dificilmente teríamos concordado.” Depois da visita, “nos apaixonamos pelo lugar”, diz Leach. O valor relatado da aquisição foi £ 5 milhões (cerca de US$ 10 milhões na época).

Doze anos depois, a família colocou o local à venda por £ 8 milhões (US$ 9,7 milhões), junto à corretora Savills. “Estávamos passando cada vez menos tempo lá”, diz Leach. “É hora de seguir em frente.”

Como a residência ficou com o mesmo clã de proprietários desde a construção, foi como se o tempo tivesse parado ali quando Leach chegou.

“Temos muita sorte de o prédio ter ficado na mesma família por 200 anos”, diz ele. “Realmente não foi perturbado.”

O arquiteto Adam, a quem é dado o crédito de trazer o neoclassicismo para as casas de campo inglesas, projetou o interior e o exterior da casa. Muitos de seus elementos decorativos continuam lá.

As paredes da sala de jantar são revestidas com seda centenária. Todas as lareiras são originais, o que é bastante incomum porque são tão valiosas, segundo Leach. “Quando se tem uma lareira que vale mais do que um apartamento de dois quartos, é difícil justificar sua manutenção na sala de estar. É um reconhecimento aos proprietários anteriores.”

As portas são originais, assim como os perfis de chumbo dos vitrais do século 18.

Depois de comprar a residência, Leach fez uma série de modernizações de baixo impacto. Ele instalou um sistema de segurança, adaptou a fiação para internet de alta velocidade, trocou o sistema de calefação e restaurou a ornamentação em gesso.

“Quando compramos a propriedade, encontramos dois excelentes pedreiros que estavam acostumados a trabalhar com edifícios históricos”, conta Leach. “Eles trabalharam em tempo integral para nós durante três anos. Nós não sabíamos quanto esforço seria.”

O resultado é uma impecável mansão de 1.690 metros quadrados e sete quartos. Há três estruturas separadas, incluindo dois chalés independentes, de modo que a propriedade tem no total 13 quartos.

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