Casos de Covid-19 na Alemanha atingem recorde e Parlamento debate obrigatoriedade da vacina
A Alemanha registrou nesta quarta-feira um novo recorde de 164 mil infecções pela Covid-19 em um dia, enquanto a câmara baixa do Parlamento se prepara para debater propostas para ou exigir ou para incentivar robustamente os cidadãos do país a se vacinarem.
Cerca de 75% da população recebeu ao menos uma dose da vacina –menos do que em outros países da Europa Ocidental como a França, a Itália ou a Espanha, onde os dados equivalentes são de respectivamente 80%, 83% e 86%– e a campanha de vacinação tem dificuldades para deslanchar.
As propostas debatidas incluem exigir que todos os moradores adultos sejam vacinados contra a Covid-19, ou apenas os com mais de 50 anos de idade, ou ainda exigir que todos que não se vacinarem recebam aconselhamento.
No início da pandemia de coronavírus, a Alemanha foi mais bem sucedida do que muitos de seus vizinhos de continente na limitação de infecções com rastreamento de casos, lockdowns rígidos e quarentenas.
Mas desde o verão do ano passado, o ceticismo com a vacina e uma diminuição da coordenação regional cobraram seus preços, o descontentamento público cresceu.
A variante Ômicron do coronavírus, altamente contagiosa, fez os casos decolarem no país.
As 166 mortes registradas na quarta-feira levaram o número acumulado de mortos pela Covid-19 na Alemanha para 117.126.
Várias convocações para protestos na frente ao Reichstag, o prédio do Parlamento, antes e durante o debate foram enviadas pelo serviço de mensagens Telegram.
Pessoas contrárias à vacinação obrigatória dizem que a medida viola o segundo artigo da Constituição, que garante aos cidadãos o controle sobre seus próprios corpos.