Caso das maquininhas: Febraban entra com medidas criminais contra presidente da Abranet; entenda
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) entrou com duas medidas de natureza criminal, na última segunda-feira (4), contra a presidente da Associação Brasileira de Internet (Abranet), Carol Elizabeth Conway, segundo informações divulgadas pel’O Globo e confirmadas ao Money Times pela Federação.
A Abranet representa parte das maquininhas independentes, que já vem enfrentando conflito com os bancos. Ontem, a Febraban informou que entrou com duas representações no Banco Central de investigação e de punição das empresas de maquininhas independentes Stone, Mercado Pago e PagSeguro e da carteira digital PicPay.
Segundo as informações do jornal, na primeira medida, a Federação irá interpelar a presidente da Abranet por crime de difamação, solicitado explicações sobre isso. Na segunda, a entidade vai fazer uma representação junto ao Ministério Público Federal (MPF) por crime de informação falsa contra bancos.
O Globo teve acesso aos documentos que mostram que Febraban, junto com grandes bancos como Santander, Itaú e Bradesco, pedindo explicações e com interpelação judicial.
De acordo com o periódico, o documento aponta que a Abranet teria feito campanha com informações “inverídicas, depreciativas e difamatórias a respeito do pagamento de compras realizadas com cartões de crédito, atribuindo aos que chama de ‘grandes bancos’ e ‘bancões’ uma suposta empreitada para ‘acabar com o parcelado sem juros’ e apresentando, ao final, a alegação de que ‘com os juros no parcelado só a vida dos bancos vai melhorar’.
- Por que investir em Arezzo (ARZZ3)? Analista explica por que a varejista foi escolhida para compor o portfólio de ações para investir e ‘surfar’ o rali de natal; confira a tese no Giro do Mercado clicando aqui:
O outro lado
Procurada pelo Money Times, a Abranet e sua presidente declararam que não tiveram acesso à referida representação.
“A entidade e sua presidente afirmam, no entanto, que as manifestações da associação nunca ultrapassaram os limites da liberdade de expressão e fazem parte do direito constitucional de crítica, na defesa de suas ideias”, afirmam em nota.