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Cashback: o queridinho dos consumidores – e das empresas

24 jul 2021, 13:10 - atualizado em 23 jul 2021, 11:26
Cashback E-commerce
Por ser um modelo de benefício ainda recente no Brasil, muitas questões cercam o cashback (Imagem: Unsplash/CardMapr.nl)

Com o contínuo aumento das compras online e cada vez mais players entrando no mercado, empresas buscam novas formas de fidelizar e engajar os clientes, que, por sua vez, estão cada vez mais exigentes e considerando todos os benefícios ao realizar suas compras e transações financeiras.

Com diferentes modelos e políticas, o cashback, ou “dinheiro de volta”, é o hype da vez e movimentou US$ 108 bilhões no mercado global em 2020.

“O cashback é uma forma democrática e transparente de beneficiar e engajar o consumidor e, por ser um modelo flexível, pode ser oferecido de diferentes formas. Como trabalha com porcentagem sobre o valor de uma compra, por exemplo, clientes de diferentes perfis socioeconômicos têm acesso ao benefício, o que aproxima empresa e consumidor, gerando uma relação muito mais fidelizada”, explica Edgar Scherer, CEO da Getmore, plataforma tecnologia em fidelização e loyalty.

A dinâmica dos setores varejista e financeiro foi fortemente abalada no último ano em decorrência da pandemia de Covid-19, que exigiu uma corrida frenética na jornada da transformação digital para atender novas demandas por serviços online.

Se antes os clientes buscavam os e-commerce para produtos específicos e compras esporádicas, geralmente com um ticket médio mais alto, agora itens de consumo contínuo entraram para a lista, com um aumento expressivo no volume de compras e diminuição do ticket médio.

Por ser um modelo de benefício ainda recente no Brasil, muitas questões cercam o cashback.

“Estamos passando por um momento de educação do consumidor neste sentido. Há muitas dúvidas sobre a diferença entre cashback e um desconto comum, ou quem ‘banca’ esse dinheiro de volta, por exemplo. As empresas que adotam o cashback têm um desafio duplo: esclarecer essas questões para manter a transparência do modelo e fidelizar esses clientes para gerar recorrência”, comenta Scherer.

Outra vantagem do cashback é a acessibilidade.

No início, as empresas que adotavam esse modelo de benefício eram maiores e mais consolidadas, e geralmente já trabalhavam com outros modelos de fidelização, como milhagem e pontuação.

O aumento na demanda e a necessidade de continuar os negócios em meio a pandemia, no entanto, fizeram com que pequenos comerciantes e varejistas também começassem a buscar formas de fidelizar seus clientes.

“Temos um projeto-piloto em Florianópolis, o Comb, em que pequenos varejistas e comerciantes locais cadastram suas lojas e o cashback é disponibilizado aos clientes em uma carteira virtual. Já são mais de 150 estabelecimentos cadastrados e o cliente pode utilizar o cashback em qualquer loja dentro do app. É um ciclo virtuoso que tem apoiado a economia local e gerado maior satisfação dos clientes. Nosso plano é disponibilizar o Comb para outras regiões do Brasil em breve”, completa o CEO.

Com uma equipe formada por engenheiros de software, cientistas de dados e UX/UI designers, a startup conta com mais de 250 lojas parceiras para os serviços de cashback e oferta de cupons, como as Lojas Americanas (LAME4), Polishop, Shoptime, Netshoes, Casas Bahia (VVAR3) e Submarino.

Além disso, cerca de 50 empresas, como Uber (UBER), Spotify e Netflix (NFLX), fazem parte dos programas de recompensa e resgate oferecidos pela plataforma.