Casas Bahia (BHIA3) reduz prejuízo em 56% no 3T24, para R$ 369 milhões
A Casas Bahia (BHIA3) encerou o terceiro trimestre de 2024 com prejuízo de R$ 369, melhora de 56% em relação ao mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta quarta.
O número ficou abaixo do esperado pelo consenso da Bloomberg, que aguardava prejuízo de R$ 305 milhões.
A companhia, que passa por uma reestruturação, agora terá que lidar com mais um ciclo de alta dos juros.
Apesar disso, no balanço, a companhia afirma que houve retomada de crescimento do canal de loja e melhora gradual da rentabilidade da companhia, apesar do mercado desafiador e do recuo das vendas.
O Ebitda, que mede o resultado operacional, ajustado atingiu R$ 491 milhões e margem de 7,7% melhora sequencial de 0,7 ponto percentual, mesmo em um cenário de mercado bastante desafiador e com recuo da receita.
Com isso, a companhia trouxe o Ebitda para o positivo, que fechou o mesmo período do ano passado em R$ 66 milhões.
Por outro lado, a receita líquida recuou 3%, para R$ 6,5 bilhões.
Vendas aceleradas das Casas Bahia
Em meio ao aquecimento da economia, com a expectativa do PIB crescer até 3% neste ano, a Casas Bahia segue a tendência do mercado de melhora das vendas, assim como outras varejistas, como o Magazine Luiza (MGLU3).
Nas lojas físicas, o GMV (volume bruto de mercadoria) cresceu 4,6%, mesmo ainda afetada pela redução de categorias e fechamento de lojas. A receita bruta foi de R$ 5,3 bi, alta de 7%.
O grupo também destaca a rentabilidade das lojas, principalmente pela maior penetração de crédito e serviços nas vendas, com aumento de 4 pontos percentuais ante o terceiro trimestres.
O desempenho no conceito mesmas lojas (GMV) foi de 6,5%, “seguindo clara tendência positiva de aceleração ao longo do ano (Gráfico SSS)”.
Apesar disso, no online, o 1P (vendas próprias) caiu 22,6%, atingindo R$ 2,2 bilhões. Pesaram para derrubar o número o menor investimento no canal B2B e outras mídias (priorizamos parcerias mais rentáveis, focando em resultado) e o ajuste no mix de produtos ainda em bases não comparáveis.
“Mesmo diante desse contexto, mantivemos nossa força nas categorias core, em linha com o posicionamento estratégico”.
Já no 3P, que inclue o marketplace, houve crescimento de 18,3% (R$ 1,5 bilhão) e ganhos de receita de 24,1% para R$ 202 milhões.
“Isso é fruto da busca por maior rentabilidade e melhor experiência para os clientes e sellers através do maior número de serviços oferecidos em nossas plataformas, como logística e crédito”, diz.
Endividamento
Foco de atenção do mercado, o endividamento bruto aumentou 14%, para R$ 4,3 bilhões (excluindo o passivo de CDCI e fornecedor convênio), sendo 84% no longo prazo
O indicador de alavancagem financeira, medido pelo caixa líquido/EBITDA ajustado dos últimos 12 meses ficou em (0,8x).