Casas Bahia (BHIA3) tem novo revés com títulos de dívidas; entenda
O S&P Rating rebaixou o rating das 1ª, 2ª e 3ª séries da 20ª emissão de certificados de recebíveis imobiliários da Opea Securitizadora, que são lastreados na 8ª emissão de debêntures da Casas Bahia (BHIA3), de A- para BBB-, adicionando novo gatilho para que os titulares dos títulos possam pedir antecipação das dívidas, mostra fato relevante, enviado ao mercado nesta sexta-feira (24).
Com isso, a securitizadora deverá convocar em até dois dias úteis uma assembleia especial de titulares dos CRI (com, no mínimo, 15 dias de antecedência), na qual os titulares dos CRI poderão deliberar pela não declaração do vencimento antecipado da 8 ª Emissão de Debêntures e, consequentemente, do CRI.
“Caso em referida assembleia estejam presentes, no mínimo, titulares de 25% dos CRI em circulação no mercado, e houver aprovação da maioria dos presentes, a Securitizadora não declarará o vencimento antecipado da 8ª Emissão de Debêntures e dos CRI”, comunica.
Em setembro, a S&P já havia rebaixado o rating da Casas Bahia de AA- para A-, o que também adicionou gatilho para a antecipação de dívidas. Porém, os detentores de certificados decidiram não cobrar antecipadamente o pagamento dos títulos pela empresa.
No entanto, a empresa ofereceu aos detentores dos certificados uma remuneração adicional dos CRIs, além de pagamento de prêmio.
Na última quinta-feira (23), a S&P cortou o rating da Casas Bahia, o que empurrou a ação para queda de 8%.
“Em nossa visão, os resultados do acumulado do ano mostram que o grupo atualmente depende de condições de negócios, financeiras e econômicas favoráveis para retomar sua rentabilidade. Não esperamos uma crise de pagamento ou de crédito nos próximos 12 meses, mas entendemos que sua estrutura de capital atual é frágil”, sustentou.
Para a agência, apesar da evolução no plano de transformação, com alguns efeitos positivos já se materializando, os desafios para recuperar margens e desalavancar seguirão durante 2024, em um ambiente macroeconômico ainda difícil para o varejo.
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Casas Bahia se explica
No comunicado, a Casas Bahia explica que o seu patamar de liquidez em R$ 2,8 bilhões e finalizou o 3T23 com geração de fluxo de caixa livre e melhor gestão do capital de giro, impostos e investimentos.
“No quarto trimestre, já foram realizadas captações bilaterais no montante de cerca de R$ 500 milhões, que reforçam a confiança das instituições parceiras na Companhia e na execução do Plano de Transformação”, explica.
Além disso, a empresa sustenta que o FIDC da companhia está em fase de implantação e será uma importante alavanca para a transformação estrutural de capital da companhia.