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Casas Bahia (BHIA3) no fundo do poço? Prejuízo 300% maior torna cenário mais ‘nebuloso’; veja se é hora de vender

09 nov 2023, 11:00 - atualizado em 09 nov 2023, 14:21
casas bahia bhia3 3t23
Cenário nebuloso é o suficiente para ficar de fora da maior parte das varejistas — incluindo Casas Bahia –, diz analista (Imagem: Divulgação/Casas Bahia)

A Casas Bahia (BHIA3), ex-Via, frustrou o mercado no terceiro trimestre deste ano. Apesar de já esperados, os resultados mais uma vez fracos foram pressionados pelos efeitos da reestruturação.

“Pensando nisso, os números do 3T23 não trazem nenhum grande movimento de tendência em relação às expectativas atuais”, afirmam Pedro Pinto e José Cataldo, do Bradesco BBI e da Ágora.

Às 10h30 do pregão desta quinta-feira (9), as ações da Casas Bahia recuavam 10,53%, valendo R$ 0,51.



Na análise de Iago Souza e da equipe da Genial Investimentos, a liquidação de estoques corroeu a margem bruta de forma acima do esperado. Diante desse “carrego negativo”, somado a outros despesas quase 70% superior ao projetado, a Casas Bahia consolidou um prejuízo quase bilionário, de R$ 836 milhões.

Com dois resultados consecutivos abaixo das expectativas, os analistas entendem que o quatro trimestre será crucial para definir uma possível mudança de recomendação em BHIA3. A Genial segue com indicação neutra e preço-alvo em R$ 0,60.

Já Fernando Ferrer, da Empiricus Research, avalia que o cenário macroeconômico difícil, o alto volume de endividamento das famílias e a baixa disponibilidade de renda são motivos suficientes para ficar de fora da maior parte das empresas do setor.

Além disso, a Casas Bahia está passando por mais um turnaround, “o que torna as coisas ainda mais complexas e o cenário nebuloso”, diz o analista.

Casas Bahia no 3T23

No terceiro trimestre, o volume bruto de mercadoria vendida (GMV) pela Casas Bahia caiu 4% na comparação anual, para R$ 9,8 bilhões. O GMV de lojas físicas e marketplace (3P) cresceram, enquanto o GMV 1P online foi o grande responsável pela retração de faturamento — devido à redução da demanda e ao menor esforço de vendas no canal.

Como resultado, a receita bruta das lojas físicas caiu 3%, para R$ 5 bilhões, enquanto o faturamento do canal online foi de R$ 2,9 bilhões, queda de 10%. Dessa forma, a receita bruta caiu 5,4%, atingindo R$ 7,8 bilhões no trimestre.

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Por outro lado, as despesas com vendas, gerais e administrativas tiveram uma retração de 10% na comparação anual. No entanto, não foram suficientes para sustentar o resultado operacional, de modo que o Ebitda ajustado veio negativo em R$ 66 milhões.

Como o resultado financeiro foi negativo em R$ 679 milhões, o desempenho final foi um prejuízo líquido de R$ 836 milhões.

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