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Casas Bahia (BHIA3): A mensagem negativa que não pode ser ignorada, segundo BB Investimentos

20 set 2023, 11:35 - atualizado em 20 set 2023, 11:35
Casas Bahia
Algumas medidas tomadas por Casas Bahia pressionaram o desempenho de VIIA3 (Imagem: Shutterstock/Montagem: Julia Shikota)

O BB Investimentos rebaixou a recomendação do Grupo Casas Bahia (BHIA3), antiga Via Varejo, para “neutra“, e reduziu o preço-alvo de R$ 2,30 para R$ 1,40 ao fim de 2024.

O corte acontece após a corretora analisar o valuation da empresa, para incorporar os resultados do primeiro semestre do ano (1S23) e os efeitos do plano de transformação, anunciado pelo grupo na divulgação do balanço do segundo trimestre de 2023 (2T23).



Na opinião de Georgia Jorge e equipe, algumas medidas tomadas por Casas Bahia pressionaram o desempenho de VIIA3. Entre elas, à oferta pública de ações.

Conforme o BB observou, esse movimento implicou em uma queda de cerca de 35% do preço das ações entre o dia 5 de setembro (data de lançamento da oferta) e 11 de agosto (pós divulgação do plano de transformação).

“Ao nosso ver, essa queda refletiu a preocupação dos investidores com a iniciativa da companhia em captar recursos em um momento delicado. Em que, apesar da boa recepção do plano de transformação, ainda é incipiente para observar melhoras concretas decorrentes dos projetos ora em curso”, avaliam.

Casas Bahia: a mensagem negativa

Para os analistas, a mensagem negativa também tem a ver com a oferta de ações. Isso porque, o fato do grupo ter mantido uma oferta que precificou suas ações a R$ 0,80 transmitiu uma mensagem negativa aos minoritários.

O desconto foi de 30% sobre o preço de fechamento no dia da precificação e 57% abaixo do preço pós-divulgação dos resultados do 2T23.

“Com esse movimento, a companhia chancelou um novo patamar de preço para suas ações e sinalizou aos investidores a necessidade de captação de recursos ‘a qualquer preço‘, ao invés de aguardar até que o mercado pudesse vislumbrar os primeiros sinais positivos decorrentes do plano de transformação”.

Por fim, o BB diz reconhecer os esforços da companhia em buscar melhorar sua estrutura de capital, além de entender que a obtenção de recursos junto ao mercado passa uma mensagem positiva aos detentores de crédito privado, sinalizando capacidade de fazer captações de volume elevado em velocidade adequada.

“Contudo, ao mesmo tempo, o desconto cobrado pelo mercado para participar do follow-on emana uma mensagem negativa, que não pode ser ignorada”.

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Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
janaina.silva@moneytimes.com.br
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