Casa Branca diz que Biden e Xi discutiram investigação sobre origens da Covid-19
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discutiu a investigação sobre as origens da Covid-19 durante uma ligação nesta quinta-feira com o presidente chinês, Xi Jinping, segundo a Casa Branca.
“Eles discutiram uma série de questões transnacionais, incluindo Covid-19, e compreender suas origens é, obviamente, uma preocupação primária para este governo”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, nesta sexta-feira. “Sim, foi um tópico levantado, mas não vou entrar em maiores detalhes.”
Biden prometeu no mês passado pressionar a China por respostas sobre as origens de uma pandemia que já matou 4,8 milhões de pessoas em todo o mundo.
Agências de inteligência dos EUA disseram que não conseguiram chegar a uma conclusão sem a ajuda do governo chinês sobre se o vírus saiu de um laboratório de pesquisa chinês.
Pequim nega a acusação dos EUA de que não cooperou com a investigação sobre a origem da pandemia.
A teleconferência de 90 minutos de quinta-feira foi a primeira conversa dos dois líderes em sete meses, em meio a relações frias entre os países.
Uma autoridade norte-americana, que falou à Reuters na quinta-feira, disse que Biden não planejava levantar a perspectiva de ação retaliatória dos EUA ou possíveis “custos” se a China se recusasse a cooperar na investigação ou em uma série de outras questões.
De sua parte, Xi disse a Biden que os dois países devem respeitar as principais preocupações de cada um e administrar as diferenças de maneira adequada, segundo a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.
O veículo informou que Xi sugeriu a Biden que os países continuem com contato e diálogo e cooperem em questões como prevenção e controle de epidemias e recuperação econômica, além de grandes questões internacionais e regionais, como as mudanças climáticas.
Psaki descreveu o apelo como respeitoso e sincero, sem ser repreensivo ou condescendente, com o objetivo de manter os canais de comunicação abertos entre os países.
Clima e direitos humanos estão entre os tópicos, disse ela, e embora as questões econômicas tenham sido discutidas, elas “não eram a parte principal” da conversa.
“Não foi uma conversa que visava produzir resultados finais”, afirmou Psaki.