Carvão metalúrgico e coque desabam com governo chinês avaliando intervenção
Os contratos futuros de carvão metalúrgico e de coque chineses abriram em queda de 9% nesta quarta-feira e atingiram os limites diários de negociação, enquanto o principal planejador econômico do país se comprometeu a tomar todas as medidas necessárias para trazer o mercado de carvão de volta a um nível razoável.
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma informou na terça-feira que traria os preços do carvão de volta a uma faixa razoável e reprimiria quaisquer irregularidades que perturbassem a ordem do mercado ou especulações maliciosas sobre os futuros do carvão térmico.
Alguns dos principais produtores de carvão da China disseram que aumentariam a produção e limitariam os preços neste inverno e na próxima primavera “independentemente dos custos”, seguindo declarações do governo.
Os contratos futuros de carvão térmico na Bolsa de Commodities de Zhengzhou, e o carvão metalúrgico e coque na Bolsa de Dalian, despencaram nas negociações da noite de terça-feira.
Os preços do carvão metalúrgico mais negociados, para entrega em janeiro, ficaram em 3.442 yuanes (538,58 dólares) por tonelada após atingir o limite inferior. Os preços do coque caíram para 4.039 yuanes por tonelada.
Os preços do carvão metalúrgico e do coque caíram 89% e 70%, respectivamente, desde o final de junho.
A queda nos preços das matérias-primas também causou quedas nos preços do aço na Bolsa de Futuros de Xangai. O vergalhão usado na construção caiu 2,9%, para 5.304 yuanes por tonelada.
As bobinas laminadas a quente, usadas em carros e eletrodomésticos, fecharam em queda de 2,5%, em 5.550 yuanes por tonelada.
Os futuros do aço inoxidável, para entrega em novembro, caíram 2,3%, para 20.075 yuanes por tonelada.
Já os futuros do minério de ferro de referência na Bolsa de Dalian subiram 0,5%, para 710 yuanes por tonelada.