Carteiras digitais são resposta para escassez global de chips semicondutores
A crise na fabricação de chips semicondutores, que se iniciou em 2020 com a Covid-19, se estendeu por mais tempo que o esperado e agora passa a afetar diretamente o mercado financeiro, uma vez que cartões de crédito e débito utilizam o material em sua fabricação.
Sem previsão de recuperação, a falta de semicondutores obrigou bancos e demais instituições financeiras a encontrarem outras maneiras de efetivarem transações presenciais. Uma das soluções encontradas foi acelerar a tokenização dos pagamentos.
O sistema de tokens funciona a partir da geração de uma sequência aleatória de 16 caracteres que permite a realização de compras, pagamentos e transações sem a necessidade de um cartão físico e garantindo a confidencialidade dos dados do usuário.
A alternativa é uma boa oportunidade para bancos e fintechs passarem a oferecer suas próprias carteiras digitais. No Brasil, esse mercado é dominado por empresas como Google, Apple e Samsung Pay – que concentram os dados de transações dos usuários e os permitem fazer compras e pagamentos online de forma independente.
Com o uso dessa tecnologia, os bancos passam a reduzir custos e tarifas relacionadas à produção e envio de cartões físicos, e podem reestabelecer um relacionamento mais próximo com o cliente enquanto a cadeia de suprimentos de chips não se reestabelece.