Carteiras de privacidade são uma ferramenta essencial na lavagem de bitcoin, afirma Elliptic
Um novo relatório da empresa de análise em blockchain Elliptic afirma que mais de 13% de todos os fundos em bitcoin obtidos de atividades ilegais estão sendo lavados por meio de carteiras de privacidade.
O relatório, chamado “Financial Crime Typologies in Cryptoassets”, analisa mais de 35 “tipologias de crimes financeiros” que envolvem o uso de criptomoedas, incluindo o crescente uso de “mixers” como um meio de lavar ativos digitais.
Geralmente, serviços de mixing funcionam ao “misturar” os fundos cripto de inúmeros usuários antes de redistribui-los, dificultando o rastreamento da fonte desses fundos no blockchain.
Apesar de esses serviços existirem há um tempo, estão sendo criticados por suas funções em grandes crimes, incluindo o esquema de pirâmide de US$ 4,2 bilhões da PlusToken e o hack de US$ 280 milhões à corretora KuCoin.
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Segundo o relatório, transações CoinJoin são uma alternativa mais segura, pois fundos de inúmeros usuários são misturados em uma única transação em vez de combinar os fundos em um mixer controlado por outra pessoa.
A desvantagem desse método, de acordo com a Elliptic, é que pode ser difícil encontrar outras partes envolvidas nessas transações. Carteiras de privacidade como Wasabi Wallet facilitam a conexão e a realização de transações CoinJoin para usuários.
Segundo o relatório, criminosos passaram a usar carteiras de privacidade em vez de mixers tradicionais nos últimos quatro anos. Pelo menos 13% dos fundos lavados em bitcoin foram enviados via carteiras de privacidade em 2020, um aumento de 2% em relação a 2019.
“Este ano, 13% de todo o lucro criminoso representa mais de US$ 160 milhões em bitcoin de mercados ilegais, roubos e esquemas, sendo lavados por meio de carteiras de privacidade”, afirma o relatório.
“Acho que isso, junto com o uso recente de DEXs [corretoras descentralizadas], marca uma mudança para uma lavagem de dinheiro mais descentralizada”, disse Tom Robinson, cofundador da Elliptic, ao The Block.
“Mixers centralizados que podem ser derrubados por agentes da lei estão sendo evitados a favor de softwares de código aberto que não dependem de um único intermediário.”
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