Cartão de crédito: Entenda em que pé está a questão do rotativo e parcelado sem juros

O rotativo do cartão de crédito e o limite de parcelamentos seguem em discussão. Na última reunião entre associações e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, prevaleceu o apoio ao parcelado sem juros. 

No encontro, ocorrido na última terça-feira (7), Campos Neto se reuniu com representantes do setor de varejo e pagamentos, mas não houve consenso, e todas as alternativas seguem sendo avaliadas.

Quatro associações estiveram presentes e apresentaram estudos e propostas: Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Abranet (Associação Brasileira de Internet), Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) e Abipag (Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos).

O assunto está nos holofotes há alguns meses. O imbróglio trata do plano do governo Lula de limitar os juros rotativos do cartão de crédito, na tentativa de reduzir as taxas e baratear o crédito. As discussões vêm abordando pontos como:

• o fim do parcelamento sem juros;
• a limitação de parcelas sem juros;
• limitação em 100% durante apenas um ano.

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O que dizem as associações?

O Money Times buscou o posicionamento de associações representantes de diversos setores. A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) informou que não se posicionou sobre a reunião ocorrida na terça-feira.

Já a Abranet (Associação Brasileira de Internet) reiterou o posicionamento da carta aberta enviada para o BC em outubro. Nesta, salientaram a preocupação com a proposta de intervenção no parcelado do cartão de crédito o existente há 30 anos e informaram que não concordam com a proposta.

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“Consideramos nociva à sociedade brasileira qualquer limitação à livre negociação de compras parceladas, pelos impactos negativos sobre a capacidade de compra das famílias – em especial as de menor renda”, argumentam.

A Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) ressaltou que participou de reunião de terça (7), ocasião em que apresentou sua proposta para o debate acerca da redução dos juros do rotativo do cartão de crédito, que agora deverá ser analisada pelo regulador.

“O encontro se mostrou bastante propositivo, com foco no debate técnico, envolvendo os diversos participantes do setor e do varejo, e na busca por se encontrar soluções viáveis que enderecem a questão do custo do crédito para o consumidor”, dizem.

Além disso, a associação ressalta que todas as ideias devem ser amplamente discutidas e analisadas tecnicamente e mantém sua posição de não entrar no mérito de ser contra ou a favor em relação a qualquer proposta já apresentada pelo mercado.