Cartão de crédito da Renner virou problema para a varejista? Santander tem a resposta
As Lojas Renner (LREN3) podem possuir um gargalo em seu sistema, impedindo-a de alcançar novos patamares: o Realize, cartão próprio da companhia.
De acordo com o relatório do Santander, assinado por Ruben Couto, Eric Huang e Vitor Fuziharo, “a desaceleração nas concessões de crédito no Realize continua impactando negativamente as vendas totais do varejo da Renner”.
“Poderíamos esperar uma melhoria no desempenho de vendas ao longo do ano, com a lacuna de desempenho de vendas entre os cartões lastreados na Realize e os cartões de crédito de terceiros finalmente diminuindo”, complementa.
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A ideia do Santander era observar como as políticas de concessão de crédito mais restritas, implementadas por varejistas desde 2022, afetaram as vendas do varejo de cada companhia.
O relatório se concentra em três nomes: Renner, C&A (CEAB3) e Guararapes (GUAR3), com maior destaque para o primeiro, e analisa as vendas reais no varejo pagas via cartões de crédito de terceiros e financiados ao consumidor.
Como estão as vendas da Renner?
De acordo com os dados reunidos, há uma diferença de aproximadamente nove pontos entre as vendas de varejo da Renner pagas por cartões de crédito de terceiros e o crescimento de vendas total, que inclui o próprio cartão de crédito da varejista.
As vendas a partir do cartão da Renner tiveram queda de 10% durante o quarto trimestre de 2023 (4T23), enquanto houve uma redução de 14% nos três meses anteriores.
Já considerando apenas as vendas via cartões de crédito de terceiros, a companhia viu uma performance consistentemente em linha ou acima da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo IBGE.
Procurada pelo Money Times, a empresa não se manifestou até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para seu posicionamento.