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Carros vão ficar mais caros? Veja impacto do aumento dos itens obrigatórios

05 jan 2024, 16:33 - atualizado em 05 jan 2024, 16:33
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Carros novos tem lista de equipamentos de segurança que passaram a ser obrigatórios em 1º de janeiro de 2024 (Imagem: Pexels/Canva Pro)

A partir deste ano, uma série de equipamentos de seguranças passam a ser obrigatórios nos carros novos vendidos no Brasil. Conforme resolução do Cotran (Conselho Nacional de Trânsito), a obrigatoriedade entraria em vigência em 2021, no entanto, houve prorrogação do prazo devido à pandemia de Covid-19.

Equipamentos como luzes de condução diurna (conhecidas como DRLs), controle de estabilidade, alerta de cinto de segurança afivelado e teste de impacto lateral passaram a ser obrigatórios em novos carros a partir de 1º de janeiro de 2024.

Passa a ser necessário ainda que os veículos contem com indicação de frenagem brusca e repetidores de setas nos retrovisores ou nos para-lamas.

À época em que a resolução do Cotran foi aprovada, em 2021, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) defendeu que o prazo era curto em meio as dificuldades geradas pela pandemia. Dessa forma, a prorrogação se deu até o início deste ano.

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Carros vão encarecer devido aos novos itens obrigatórios?

Na avaliação do coordenador dos cursos automotivos da FGV, Antônio Jorge Martins, a medida pode, sim, gerar um reajuste o preço dos carros, em função da incorporação dos novos itens obrigatórios.

“Realmente, a incorporação de alguns itens, especialmente de segurança, tendem a elevar os custos da empresa e, com isso, existe uma tendência de elevação dos preços”, explica. No entanto, ele chama atenção para o crescimento da competitividade no cenário brasileiro.

Martins explica que com a presença de fábricas chinesas que vem se consolidando no Brasil e, com a continuidade dessa expansão, dificilmente as montadoras terão interesse em reajustar os preços, visto que, considerando ainda o cenário econômico, o aumento da competitividade inibe a elevação.

Ainda, destaca que este aumento de competitividade é um ponto positivo para o consumidor, que pode ser favorecido com preços e performance mais atrativas das montadoras, que devem buscar se posicionar diante de outras companhias.