Carros mais caros? Reforma tributária prevê imposto para modelos elétricos; confira
A regulamentação da reforma tributária, que está sendo debatida no Congresso, prevê um imposto extra para carros elétricos, devido ao Imposto Seletivo — também conhecido como “Imposto do Pecado”.
O tributo foi pensado para incidir sobre itens nocivos ao meio ambiente e à saúde, como cigarros e bebidas alcoólicas. No entanto, os carros elétricos foram incluídos no grupo dos produtos que recebem o imposto extra, enquanto caminhões e carros a combustão devem ficar de fora.
A justificativa são os resíduos gerados pelos modelos elétricos. “O carro elétrico tem pneu, tem bateria, tem um monte de coisas. O caminhão é por causa da atividade econômica. O Brasil, felizmente ou infelizmente, é 85% rodoviário. Se eu aumentar o custo de frete, chega na mesa do povo brasileiro e do povo mais pobre, chega no arroz e no feijão”, alegou o deputado Reginaldo Lopes.
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As projeções são de carga tributária sobre os elétricos fique entre 30% e 34%. Vale lembrar que o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que é a alíquota padrão prevista pela reforma, deve girar em torno de 26,5%.
Segundo as estimativas da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a carga atual dos automóveis a combustão varia de 24,7% a 32,3%, dependendo da potência do motor, sendo que estão inclusos impostos como IPI, PIS/Cofins e ICMS.
Além do Imposto Seletivo, as montadoras debatem com o governo a antecipação do imposto de 35% sobre veículos elétricos importados, que aconteceria em 2026. A alegação é de que as importações subiram nos últimos anos.
A votação da regulamentação deve acontecer até o dia 15 de julho, antes do recesso parlamentar.