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‘Carro voador’ que funcionará como Uber e 99: Veja o que se sabe sobre como e quando vai funcionar

14 ago 2023, 13:13 - atualizado em 14 ago 2023, 13:13
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Eve, subsidiária da Embraer, deve começar operação comercial de “carro voador” em 2026 (Imagem: Divulgação)

A presença de “carros voadores” em céu brasileiro está cada vez mais próxima, com a Eve, subsidiária da Embraer projetando que o início dos voos comerciais iniciem em cerca de três anos.

A companhia está construindo um “carro voador”, chamada oficialmente de eVTOL, sigla em inglês para veículo elétrico de pouso de decolagem vertical, com expectativa de que a operação comercial em São Paulo inicie em 2026.

Ainda, a empresa espera alcançar  12,7 milhões de passageiros por ano em 2035 nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

Em apresentação realizada na semana passada, a Eve abriu projeções para as operações. Confira os números, conforme divulgado pelo G1, que esteve presente no evento:

São Paulo

  • Vertiportos: 8 em 2026; 36 em 2035
  • eVTOLs: de 50 a 70 em 2026; 450 em 2035
  • Passageiros: 900 mil por ano em 2026; 8,2 milhões por ano em 2035
  • Rotas: mais de 200 em 2035
  • Receita: US$ 410 milhões (R$ 2 bilhões) em 2035

Rio de Janeiro

  • Vertiportos: 6 em 2026; 30 em 2035
  • eVTOLs: de 25 a 35 em 2026; 245 em 2035
  • Passageiros: 400 mil por ano em 2026; 4,5 milhões por ano em 2035
  • Rotas: mais de 100 em 2035
  • Receita: US$ 220 milhões (R$ 1 bilhão) em 2035

O que se sabe sobre o “carro voador”

Apesar da popularização do termo “carro voador”, ainda segundo o G1, a companhia esclareceu que não irá funcionar como o modelo de carros particulares, que podem ser adquiridos por qualquer pessoa. Sendo assim, as aeronaves farão parte de um sistema semelhante ao da Uber e 99, que operam como aplicativos de corrida.

No evento, foi esclarecido ainda que as bases para os veículos serão construídas para atender as necessidades dos eVTOLS e serão de ‘vertipontos’, funcionando de maneira similar ao helipontos, informou o Uol.

A grande diferença estará na estrutura, que vira favorecer os pousos e as decolagens e possibilitar a recarga das baterias e a manutenção dos veículos.

Segundo noticiou o Uol, a proposta da companhia é contemplar voos mais curtos, sem passar dos 100 km (em linha reta). Segundo levantamentos da Eve, para cada 1h30 a 2h de trajeto terrestre realizados com carros e meio ao trânsito, um eVTOL pode realizar em 9 minutos.

Valores

Em maio, o presidente-executivo do braço de inovação da fabricante brasileira de aeronaves, Daniel Moczydlower, afirmou que as viagens deverão custar entre 50 e 100 dólares por passageiro.

“A meta para a entrada inicial que a gente tem olhado é chegar a 50 a 100 dólares, uma viagem. Isso para Brasil ainda é caro e estamos estudando maneiras após a entrada em operação de ganhar mais eficiência para poder reduzir mais”, disse Moczydlower, presidente da Embraer-X.

Ainda, pontou que primeiros eVtol da Eve terão capacidade para um piloto e quatro passageiros, mas no futuro, provavelmente será possível que os voos ocorram sem piloto. Isso abriria espaço na aeronave para mais um ou dois passageiros.

“Hoje não tem voo de Guarulhos para Viracopos; mas para um eVtol faria sentido. Ninguém usa voo dentro da cidade como rotina. É veículo para substituir helicóptero? Não. É para criar um mercado que hoje não existe”, afirmou.

* Com Reuters

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