Carro popular: Modelo citado como inspiração tem espaço para 2 pessoas e não passa dos 45 km/h
Um plano para incentivar a produção e venda de carros populares é discutido entre os fabricantes de automóveis e o governo federal. A ideia é desenvolver um veículo com preço médio de R$ 50 mil, o que pode isentar até 300 mil unidades no volume de vendas anual.
O CEO da Stellantis na América Latina, Antonio Filosa, afirmou ser favorável ao movimento de retorno de veículos acessíveis ao grosso da população. O executivo comanda, entre outras marcas, a Fiat, a Peugeot e a Jepp.
Porém, Filosa ressaltou que existem obstáculos para que a proposta saia do papel, como a própria definição do que é um carro popular contemporâneo, uma vez que a legislação exige itens obrigatórios.
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Desde 2014, por exemplo, todos os veículos devem possuir sistemas de airbag para motorista e passageiro do banco dianteiro.
“Se eu vender o Mobi por um preço menor, perderemos dinheiro porque há todo o custo de matérias-primas que independe se estou fazendo um modelo de entrada ou o Jeep Compass”, disse Filosa à Automotive Business.
Como será o carro popular contemporâneo
Para o desenvolvimento do carro popular, Filosa o desenho de um regime tributário especial aos veículos mais baratos, além de exigências específicas de segurança e tecnologia para baratear ainda mais o automóvel.
O executivo chegou a citar o Citroën Ami, carro elétrico urbano lançado na Europa, como possível caminho para o carro popular brasileiro, que, diferente do primo europeu, seria movido apenas a etanol.
O veículo citado por Filosa como inspiração para a produção do modelo brasileiro é vendido na Europa entre 7.390 e 8.750 euros (entre R$ 41 mil e R$ 49 mil). Com motor elétrico de 8 cavalos, o Citroën Ami não passa dos 45 km/h e comporta somente o motorista e um passageiro.