Carreiras

Carreiras: Trabalhar como programador no exterior realmente vale a pena?

25 dez 2022, 12:51 - atualizado em 25 dez 2022, 12:51
Jovens negros programadores
Profissionais brasileiros, especificamente da área da programação, buscam trilhar suas carreiras no exterior. Veja os pontos a serem considerados. (Imagem: Unsplash/Lagos Techie)

A área de tecnologia é uma das carreiras que mais emprega no Brasil. Ainda que pareça uma informação óbvia, este dado tem um conteúdo não tão positivo.

De acordo com uma pesquisa da Brasscom, até meados de 2021, haviam 159 mil vagas na indústria tech em aberto no Brasil, enquanto a quantidade de profissionais formados somava apenas 53 mil pessoas.

Os motivos que norteiam esses parâmetros são muitos, desde falta de recursos para capacitação e até, a procura de profissionais brasileiros por outros países.

Com a popularização das redes sociais como fonte informativa, tornou- se muito mais fácil ter conhecimento de assuntos que antes, eram de difícil acesso.

Um exemplo disso, foram os profissionais brasileiros, especificamente da área da programação, que puderam compartilhar suas experiências profissionais nos países vizinhos.

Entretanto, o que pode parecer absolutamente benéfico, deve ser estudado com atenção entre os futuros e presentes programadores que desejam explorar outros terrenos.

Diretos trabalhistas

Quem reforça este cuidado é Walmir Torrente, CEO da Bit One, empresa desenvolvedora que atende bancos de diversos países do mundo. O empresário diz que apesar dos altos salários, a atuação no
exterior pode trazer algumas surpresas.

“Tenho uma visão mais ampla dos Estados Unidos. Lá, é possível ganhar 120 mil dólares em média, anualmente. Tirando as exceções, é claro. Entretanto, existem grandes diferenças quando comparamos o país ao Brasil e a maioria delas está nos direitos”.

Nos EUA, não existe fundo de garantia, extra de férias e, às vezes, nem mesmo aviso prévio. Torrente percebe isso pelas demissões espontâneas e em massa de grandes empresas. Além disso, as melhores
regiões de trabalho demandam um alto custo de vida. Ou seja, você ganha bem, mas gasta bem também.

Porém, mesmo com os pontos negativos, o empresário lembra que escolher outros países para evoluir
profissionalmente também tem suas vantagens.

“Um dos maiores benefícios de trabalhar internacionalmente é o ganho de experiência profissional e pessoal. Não podemos esquecer também, do aperfeiçoamento do idioma.”

E não só na língua se baseia a adaptação de um país. A adaptação cultural, para Torrente, é um ponto
decisivo a ser considerado.

Um ponto chave é lembrar que você precisa se adaptar culturalmente a um país. Isso pode não ser tão simples, considerando também, o distanciamento que você terá com
amigos e familiares.

Impostos no exterior

Ele também aborda a atenção aos impostos que, segundo ele, podem refletir no custo de vida. Outra boa dica é ficar atento ao valor dos impostos. Isso varia muito de cada país, mas no caso da Europa, quanto mais você ganha, mais intenso é o percentual e isso afeta diretamente nos custos de vida.

O empresário relata que focar em desenvolver um produto funcional para as pessoas ou empresas e salientar o auto aperfeiçoamento é o que realmente determinará os resultados de uma experiência.

“Seja no Brasil ou em outro país, se o desenvolvedor focar em aprimorar suas qualidades e não se limitar ao emprego, se dedicando apenas em produzir um software útil, as chances de sucesso profissional e financeiro são muito grandes”, argumenta.

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Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
lucas.simoes@moneytimes.com.br
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