Carrefour (CRFB3): Sem Extra Hiper, vendas do 2T22 devem agradar com fluxo adicional de clientes
O Carrefour Brasil (CRFB3) reporta nesta terça-feira (26), após o fechamento do mercado, o relatório de resultados do segundo trimestre do ano.
As ações da empresa caíam 1,29% por volta das 15h30, a R$ 16,78, em movimento generalizado de queda para os varejistas, após o Walmart, referência no setor, reduzir as estimativas de lucro, já que o consumidor passou a comprar menos em meio ao aumento generalizado de preços.
Mas, diferente do Walmart, o cenário projetado para o varejo alimentício parece melhor.
De maneira geral, analistas esperam ver resultados positivos para as companhias brasileiros do segmento, com destaque para o atacarejo.
A Eleven Financial reforça que o atacarejo vem ganhando representatividade em relação aos demais formatos devido ao seu “posicionamento mais favorável em preço”. Além disso, acrescenta a corretora, a categoria conta com a volta dos “clientes transformadores, sendo uma melhor opção em termos de custo-benefício”.
“Devido ao seu posicionamento de preço, [o atacarejo] seguirá como um canal mais resiliente, refletindo principalmente a sua preferência em um ambiente inflacionário”, comentam os analistas Felipe Demolein e Guilherme Domingues.
Assaí ou Carrefour?
Apostando na boa performance do atacarejo, a Eleven tem o Assaí (ASAI3) como preferência dentro do setor. Analistas da corretora projetam bons resultados para a companhia, embora também vejam o Carrefour divulgando bons números pela bandeira Atacadão, apesar do impacto no segmento de varejo não alimentar.
Para o Itaú BBA, o Carrefour deve ser a atração do setor nessa nova temporada de resultados, com o Atacadão apresentando o maior SSS (sigla para Same Store Sales, ou Vendas Mesmas Lojas traduzido para o português) e a lucratividade da divisão de varejo retornando a níveis mais normalizados.
Para a Ativa Investimentos, as vendas do Carrefour no segundo trimestre devem mostrar impulso vindo de um fluxo de clientes adicional. Isso porque, com o fechamento temporário das lojas Extra Hiper, vendidas pelo GPA ao Assaí, para reforma e posterior conversão, a companhia se aproveitou do “vácuo” que a bandeira concorrente deixou no mercado.
Sobre o Atacadão, a Ativa espera ver o bom crescimento do SSS impulsionando uma expansão de duplo dígito nas receitas.
“No quesito rentabilidade, esperamos uma margem bruta estável e a margem Ebitda sofrendo uma leve pressão na comparação ano/ano”, acrescenta o time de análise da corretora.
Em relação ao GPA, a Ativa acredita que a companhia começará a colher os frutos da descontinuação dos hipermercados Extra, com a abertura de novas lojas do Pão de Açúcar no modelo G7 e expansão das vendas das lojas no formato Proximidade.
“Na rentabilidade, esperamos um relaxamento da margem bruta pro GPA Brasil na comparação anual com o encerramento da bandeira Extra”, destaca.
A receita do Éxito deve seguir com o crescimento duplo dígito, com aumento do tráfego em lojas e reabertura econômica, acrescenta a Ativa.
O GPA e o Assaí reportam seus resultados nesta quarta (27), também após o fechamento do mercado.
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