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Carnaval 2023 é a folia dos negócios criativos (até o ChatGPT concorda!)

17 fev 2023, 16:11 - atualizado em 17 fev 2023, 16:11
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Carnaval 2023: economia criativa volta às ruas, após dois anos de pandemia (Imagem: Pixabay/ Ingrid)

Antes de falar do Carnaval 2023 e suas conexões com economia criativa – o que até o ChatGPT já sabe –, como forma de contexto para seres humanos menos dedicados aos temas tão caros a esta coluna, faço um breve retrospecto lembrando que o ano de 2020 marcou uma imensa folia carnavalesca no Brasil.

No meio da euforia que tomava conta das ruas naquela época, algumas poucas pessoas já demonstravam preocupação com as primeiras notícias que chegavam ao país falando de uma nova doença chamada Covid-19. Entretanto, a grande maioria se dividia mesmo entre a preocupação com a fantasia e formas de apreciar das festas de momo.

Muita coisa aconteceu no mundo, no Brasil e na vida de cada um de nós a partir daquele saudoso carnaval para cá. Os festejos de 2020, ainda, marcavam uma nova fase para os negócios carnavalescos e, inclusive, um dos termômetros disso era a transformação da cidade de São Paulo, que antigamente fora conhecida como “túmulo de samba”, num dos destinos mais quentes para se estar na época da folia.

Naquele ano, a capital paulistana batia recordes de blocos nas ruas e isso era um símbolo de políticas públicas conectadas ao paradigma da economia criativa e que estavam e continuam transformando a cara da maior cidade do país.

Aí a pandemia chegou com força total e, numa infeliz coincidência, encontrou no governo Bolsonaro o ambiente perfeito para fazer o país um dos principais destinos da tragédia global.

O carnaval, como não poderia deixar de ser, silenciou a festa e a tristeza e o luto marcaram os anos seguintes. Houve algumas tentativas de voltar com os festejos, mas o contexto social e de saúde pública não permitiu.

Agora, em 2023, a pandemia ainda não é um assunto totalmente superado – o mesmo pode ser dito para as consequências do bolsonarismo na vida nacional. Contudo, o carnaval ressurge e com uma esperança redobrada de marcar novos tempos para o Brasil.

Carnaval 2023: Negócios criativos vão muito além da avenida

A expectativa com o Carnaval 2023 é enorme nos Desfiles das Escolas de Samba do Rio de Janeiro quanto em São Paulo. Mas também a mesma empolgação vale para os festejos na Bahia e em Pernambuco. Pelo país afora, blocos de carnaval, desfiles, shows e festas das mais variadas vertentes vão tomar as cidades, envolver milhões de pessoas e movimentar muitos negócios.

Mesmo para quem não é fã do mundo carnavalesco os dias de folga permitem viagens, maratonas cinematográficas e vários outros tipos de passeios e momentos de lazer. Ou seja, direta e indiretamente, os dias de festejo movimentam negócios entre vários segmentos da economia criativa.

Estudos de várias entidades tentam quantificar os negócios gerados diretamente nas festas carnavalescas. Estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontam que o carnaval poderá movimentar mais de R$ 8 bilhões na economia nacional, ativando ações de grandes empresas – cervejarias com a Ambev (ABEV3) – até profissionais autônomos (costureiros, artistas etc.) e, também, incalculáveis trabalhadores da informalidade que vão aproveitar para atuar nos aplicativos e no comércio de rua.

Folia e ChatGPT: tudo a ver!

E onde entra o ChatGPT neste texto? Como disse no início, o mundo deste Carnaval 2023 está muito longe do que vivemos na festa de 2020. Foram anos intensos e que parecem valer por muitos mais que os registrados no calendário. O jeito de viver das pessoas está mudando aceleradamente e as tecnologias fazem parte disso.

Como esta coluna tem o objetivo de discutir os negócios criativos e contribuir para disseminar os valores da economia criativa, achei interessante misturar Momo e tecnologia – coisa tipicamente carnavalescas, aliás – e perguntar para o ChatGPT, inteligência artificial (IA) que é assunto do mundo das tech que domina a pauta no momento: Como é a relação o carnaval brasileiro com a economia criativa? O texto que segue foi feito pela IA:

“O Carnaval brasileiro tem uma relação muito forte com a economia criativa. A economia criativa se refere a atividades econômicas baseadas na criatividade, na cultura e na arte, que geram valor econômico, cultural e social.

O Carnaval é uma festa que envolve diversas manifestações culturais, como música, dança, teatro, literatura, artes visuais, moda, design, entre outras. É uma festa que movimenta toda a cadeia produtiva desses setores, desde a criação e produção de fantasias, adereços e instrumentos musicais, até a elaboração de roteiros para desfiles e shows.

O Carnaval é uma das maiores festas populares do mundo, e sua importância econômica é inegável. Segundo dados do Ministério do Turismo, o Carnaval de 2020 gerou cerca de R$ 8 bilhões em movimentação financeira no Brasil, com a geração de empregos diretos e indiretos em diversos setores.

Além disso, o Carnaval é uma oportunidade para valorizar e difundir a cultura brasileira, tanto dentro como fora do país. As escolas de samba, por exemplo, são responsáveis por contar histórias e exaltar elementos culturais de diversas regiões do Brasil por meio de seus desfiles. A música, outra parte importante do Carnaval, é uma forma de disseminar a diversidade musical brasileira e promover artistas locais.

Assim, o Carnaval brasileiro é uma festa que une a celebração popular com a economia criativa, promovendo a cultura e gerando valor econômico e social.”

O texto produzido pela IA é meio raso, um pouco redundante em certos aspectos, mas é eficiente com uma defesa inicial sobre o assunto. Para começar a conversar sobre essas relações está valendo.

Novos tempos e novas tecnologias estão mudando tudo, mas a vontade de celebrar dos seres humanos continua forte. Obrigado ChatGPT, você me poupou uns minutos. Vou investir esse precioso tempo na produção da minha fantasia para aproveitar blocos e festas. Bom carnaval para todo mundo!

Professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Jornalista de economia, negócios e marketing, Anderson Gurgel também é professor universitário da Universidade Presbiteriana Mackenzie e do Centro Universitário belas Artes, além de pesquisador, consultor e produtor de conteúdo. Conectando todas essas várias frentes de ação estão os negócios criativos, do entretenimento e do esporte, segmentos que o profissional vem se dedicando ao longo dos quase 25 anos de vida profissional. É autor de livros, produtor de eventos e já ganhou alguns prêmios, sendo um destaque a Menção Honrosa em 2019 pela Universidade Presbiteriana Mackenzie pela atuação na área de inovação na educação.

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