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Caramuru aumentará escala em bioeconomia com a produção de etanol de soja

17 nov 2021, 10:58 - atualizado em 17 nov 2021, 10:59
Caramuru
Logística é um dos braços da Caramuru, tanto no transporte de sua produção como de terceiros

A Caramuru Alimentos está prestes a completar todos os ciclos da bioeconomia em escala a partir da soja. A agora é com a produção de etanol.

A iniciativa, pioneira no mundo, está consumindo R$ 115 milhões (parte com recursos da Finep) no complexo de Sorriso (MT) para fabricar 9,5 milhões de litros anuais a partir da oleaginosa.

Desse volume, 72% do rateio será para prover o mercado de consumo carburante e de especialidades industriais. O restante, como insumo para produção de lecitina.

No informe transmitido a Money Times não há o registro sobre o prazo de finalização do novo empreendimento, mas a previsão inicial de 2019/2020, apontada pela diretoria em 2017, foi superada.

A tecnologia é nacional e foi comprada da engenheira química Paula Fernandes Siqueira, da Intecso, que segue a rota da produção do etanol a partir do melaço da soja.

Se considera, pelo lado mais técnico, que a produtividade vis-à-vis aos custos não compensa, enquanto unidade exclusiva para etanol de soja.

Mas integrada ao complexo produtivo do grupo, o maior processador nacional de grãos, para várias finalidades, passa a ser mais um subproduto.

Além do que como produtora e originadora, no maior polo produtor, a disponibilidade de matéria-prima adiciona ganhos.

Somente em biodiesel, a Caramuru assume hoje 545 milhões de litros de capacidade, nas três unidades, incluindo a de Sorriso, onde a planta de etanol estará agregada.

Ao mesmo tempo, resolverá um problema para a empresa: dará mais vazão ao uso do melaço, que hoje é usado para alimentação animal e produção de energia, mas ainda sobra muita coisa com o ganho de escala da produção de proteína dessa unidade.

Com esse novo negócio, a Caramuru, que obteve alta de 57,8% (R$ 425,6 milhões) no Ebitda e de 224,3% no lucro líquido, nos primeiros nove meses de 2021, como publicado por Money Times, praticamente fecha todas as pontas possíveis dos complexos produtivos da cadeia de grãos.

O grupo também atua em também na produção e processamento de outras commodities (milho, canola e girassol), trading, logística e marcas de consumo (farinha Sinhá).

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