Captação de renda fixa tem melhor resultado em sete anos, revela Anbima
Segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), as operações envolvendo títulos de renda fixa no mercado de capitais registraram R$ 189,1 bilhões até novembro, o melhor resultado dos últimos sete anos. O total de captação de debêntures no mesmo período também se deu de forma positiva, fechando em R$ 126,7 bilhões.
De acordo com José Eduardo Laloni, vice-presidente da associação, o aumento dos títulos vem em decorrência da procura por papéis com maior perspectiva de retorno: “Com os juros em patamares baixos, é natural a busca dos gestores pela diversificação de suas carteiras”, ressalta.
Sobre as debêntures, os papéis de infraestrutura somaram 57 operações de janeiro a novembro, movimentando R$ 22 bilhões. Demais produtos de renda fixa, como notas promissórias, FIDCs, CRIs e CRAs, apresentaram valores de, respectivamente, R$ 25,2 bilhões, R$ 10,3 bilhões, R$ 5,9 bilhões e R$ 4,5 bilhões.
A trajetória de crescimento dos fundos imobiliários se manteve crescente, totalizando R$ 11,2 bilhões até novembro. O número de pessoa físicas que participam também aumentou; 60,2% do total de fundos emitidos ficou para tais investidores, 3,2 pontos percentuais a mais frente ao mesmo período de 2017.
De janeiro a novembro, as ações captaram R$ 6,9 bilhões, bem menos do que o volume adquirido ano passado, de R$ 32,9 milhões. As operações externas ficaram abaixo da média de US$ 29,5 bilhões dos últimos sete anos – US$ 15,4 bilhões. O volume é o menor desde 2015.
Total
O volume total emitido entre janeiro e novembro de 2018 foi de R$ 247,9 bilhões, menor do que o registrado no mesmo período de 2017, de R$ 271,2 bilhões.