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“Capital fantasma” responde por 40% do investimento estrangeiro

11 set 2019, 13:46 - atualizado em 11 set 2019, 13:46
Quase metade do capital fantasma global é hospedado por Luxemburgo e Holanda, segundo o relatório, sendo que apenas 10 economias respondem por mais de 85% desses investimentos (Imagem: Pixabay)

Quase 40% – ou cerca de US$ 15 trilhões – do investimento estrangeiro direto global é formado por “capital fantasma” destinado a minimizar a carga tributária de empresas multinacionais, segundo um estudo publicado pelo Fundo Monetário Internacional.

Tais investimentos – que agora são equivalentes ao PIB combinado da China e da Alemanha – aumentaram cerca de 10 pontos percentuais na década passada, apesar das tentativas globais direcionadas de conter a evasão fiscal, segundo o estudo do FMI realizado em parceria com a Universidade de Copenhague. O capital normalmente é transferido por empresas de fachada que não possuem atividades comerciais de fato.

“O IED é frequentemente um fator importante para uma genuína integração econômica internacional, estimulando o crescimento e a geração de empregos e aumentando a produtividade”, afirmou o relatório. Mas o capital fantasma é a “engenharia financeira e tributária” que “confunde as estatísticas tradicionais de IED e dificulta o entendimento da genuína integração econômica”.

Quase metade do capital fantasma global é hospedado por Luxemburgo e Holanda, segundo o relatório, sendo que apenas 10 economias respondem por mais de 85% desses investimentos.

“Luxemburgo, um país de 600 mil habitantes, hospeda tanto IED quanto os EUA e muito mais do que a China”, afirmou o relatório. “Um IED desse porte dificilmente reflete os investimentos físicos na minúscula economia luxemburguesa”, cujos US$ 4 trilhões em investimento estrangeiro direto correspondem a US$ 6,6 milhões por pessoa.

“Sem surpresa”, constatou o estudo, a exposição de uma economia ao IED fantasma aumenta com a alíquota do imposto sobre as empresas.

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