Política

Candidatura de Baleia Rossi à presidência da Câmara caminha para um segundo turno, diz Maia

25 jan 2021, 23:45 - atualizado em 25 jan 2021, 23:45
A campanha de Baleia trabalha por um segundo turno nas eleições previstas para o dia 1o de fevereiro (Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) ao comando da Câmara dos Deputados angaria votos o suficiente para forçar um segundo turno contra o candidato do governo, Arthur Lira (PP-AL), afirmou o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), patrocinador da campanha do emedebista.

Maia criticou o que considerou uma estratégia dos adversários de criar divisões nos partidos que já haviam prometido apoio a Baleia. Segundo ele, Lira teria ainda perdido votos com o “crescimento” da candidatura do deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), popular entre os colegas.

“Essa eleição vai ser uma eleição e dois turnos e acho que a gente vai terminar, tenho confiança, pelas nossas projeções, que nós vamos terminar o primeiro turno em primeiro lugar”, disse o presidente da Casa, afirmando que Baleia conta, pelas estimativas deles, com 230 votos.

“E no segundo turno nós vamos abrir uma diferença maior do que o previsto por vocês entre o Baleia e o candidato do presidente Bolsonaro.”

A campanha de Baleia trabalha por um segundo turno nas eleições previstas para o dia 1o de fevereiro, mas esbarra em uma série de divisões internas em partidos que haviam declarado apoio ao deputado de São Paulo. Esse é o caso do PSL, e até mesmo do DEM, partido de Maia.

Mas o presidente nacional do Democratas, ACM Neto, deve se reunir com Lira, de acordo com Maia, para comunicá-lo que o partido apoiará Baleia. A equação é menos simples do que parece, já que boa parte dos deputados da Bahia tendem a se aliar a Lira, segundo uma fonte. Maia garante, no entanto, que o DEM dará mais de dois terços de seus votos ao candidato do MDB.

“Esse jogo que a candidatura patrocinada pelo presidente da República faz é um jogo que eu nunca vi aqui na Câmara, você trabalhar para criar um conflito interno nos partidos”, disse Maia a jornalistas.