Candidatos para exame CFA temem adiamento por pandemia
Mesmo na melhor época, a preparação para o exame CFA é uma tarefa árdua.
Candidatos que planejam fazer o teste em junho agora precisam lidar com a preocupação adicional de que seus cronogramas de estudo cuidadosamente elaborados possam ser alterados pelo coronavírus.
A pandemia global leva autoridades de todo o mundo a suspender eventos com muitas pessoas, por isso cresce a especulação de que o Instituto CFA (sigla em inglês para Chartered Financial Analyst) possa ser obrigado a cancelar ou adiar os testes de junho, quando milhares de profissionais e estudantes de finanças se concentrariam em grandes locais como em Hong Kong, Londres e Nova York.
Muitos candidatos esperam que a certificação permita conseguir melhores empregos, salários mais altos e uma compreensão mais profunda do setor.
O destino do exame está longe de ser a preocupação mais premente quando o vírus infecta milhares de pessoas, sacode os mercados financeiros e empurra a economia global para uma recessão.
Mas o exame é importante para candidatos do CFA como Grylls Zhao, que no mês passado deixou o cargo de diretor de risco em um banco internacional em Guangzhou, China, e está fazendo uma pausa para estudar antes de procurar um novo emprego.
“Se cancelarem, significa que preciso esperar mais um ano e estou realmente preocupado com isso”, disse Zhao, que planeja refazer o segundo dos três exames necessários para a certificação de analista financeiro, depois de ter sido reprovado no teste do ano passado.
Espera
O CFA “observa a situação com muito cuidado”, mas ainda não mudou os planos para os exames de junho, afirmou o instituto em resposta por e-mail a perguntas da Bloomberg News.
O instituto, que tem sede em Charlottesville, na Virgínia, não quis comentar possíveis planos de contingência.
O setor financeiro global já tomou medidas drásticas para limitar o contato entre funcionários. Bancos como JPMorgan Chase e Citigroup pediram que grande parte da equipe trabalhe em casa.
Algumas cidades proibiram eventos públicos.
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse que a proibição pode durar “vários meses”.