Candidatos à presidência da Argentina são contrários ao Brics
Os principais candidatos à presidência da Argentina parecem não ter gostado da entrada do país no Brics, grupo econômico que o Brasil é membro. Javier Milei, candidato que venceu as prévias, e Patricia Bullrich, que ocupa a segunda posição, questionam a decisão do atual presidente.
A Argentina integra o grupo após convite, nesta quinta-feira (24), dos países fundadores durante a 15ª Cúpula do Brics, na África do Sul. O país entrará para o bloco, oficialmente, em 1 de janeiro de 2024.
Se abre un nuevo escenario para la Argentina: nos hemos incorporado a la alianza de los BRICS.
Es un nuevo paso en la consolidación del país fraterno y abierto al mundo que siempre soñamos ser.
Estamos frente a una gran oportunidad para fortalecernos ?? pic.twitter.com/dpVvMAuNMK
— Alberto Fernández (@alferdez) August 24, 2023
O presidente argentino, Alberto Fernández, discursou sobre a importância da Argentina estar entre os países mais importantes das economias do agora chamado “Sul Global”.
“Aderimos à aliança Brics e, assim, damos um novo passo na consolidação da Argentina fraterna e aberta ao mundo que sempre sonhamos, como parte do sul cheio de esperança e futuro. Um novo cenário se abre para a Argentina”, disse.
Segundo análise realizada pelo MSCI (Morgan Stanley Capital International), empresa que prepara relatórios que apoiam decisões de investimento em nível global, o país é também foi considerado emergente.
O que diz a oposição de Fernández
No entanto, Javier Milei afirmou não concordar com o ingresso da Argentina no bloco econômico, justamente por conta da presença de países que não estão alinhados aos princípios do país.
“Nosso alinhamento geopolítico é com os Estados Unidos e com Israel. Nós não vamos nos alinhar com comunistas. Isso não quer dizer que o setor privado poderá comercializar com quem bem entender”, disse o candidato.
Vale ressaltar que Javier já fez acenos sobre a também retirada da Argentina do Mercosul.