Política

Candidato de Maia à sucessão da Câmara deve ser definido até sexta-feira

15 dez 2020, 20:58 - atualizado em 15 dez 2020, 20:58
Camara
Para o presidente da Câmara, o atraso na definição não atrapalha, e, pelo contrário, deixa o presidente Jair Bolsonaro “falando sozinho” sobre a disputa (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O candidato do bloco coordenado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para sucedê-lo no comando da Casa deve ser definido até sexta-feira, afirmou o deputado, que ainda mantém conversas com diversos partidos em busca de um nome que seja o mais viável.

Maia teve várias reuniões ao longo do dia, inclusive com integrantes da oposição, campo político que tem sido encarado como o fiel da balança na disputa política.

Dos cinco pré-candidatos inicialmente considerados, restam dois com mais viabilidade: o líder da Maioria, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e o líder do MDB, Baleia Rossi (SP).

“Vai acontecer durante a semana”, disse Maia. “Queria que tivesse resolvido ontem, mas ocorreram novos diálogos, novas possibilidades de avançar com alguns partidos”, acrescentou.

“Então, se essa possibilidade existe, melhor que a gente aguarde e que a gente possa construir a melhor aliança possível na defesa da independência da Câmara dos Deputados.”

Para o presidente da Câmara, o atraso na definição não atrapalha, e, pelo contrário, deixa o presidente Jair Bolsonaro “falando sozinho” sobre a disputa.

Maia voltou a citar a agenda de flexibilização ambiental como um dos motivos pelos quais o Executivo trabalha pela candidatura do líder do centrão, Arthur Lira (PP-AL), e lembrou que o tema, além de proporcionar em destruição do patrimônio nacional, afugentará investimentos e resultará em aumento do desemprego.

O deputado também lembrou que seu grupo busca um candidato de postura liberal na economia, mas contrário ao que chamou de “agenda reacionária”.

Sobre o receio do governo em eventual convocação da Câmara para votações em janeiro por medo de isso favorecer as articulações do grupo de Maia na disputa pelo comando da Casa Maia disse que o Congresso funcionaria para deixar a pauta aberta à discussão de temas urgentes, como a vacina contra a Covid-19.

“Só um governo que se preocupa pouco com a sociedade acha que quando eu falo de pautar qualquer matéria durante o mês de janeiro eu estou preocupado com a sucessão à presidência da Câmara”, criticou.

Para ele, seria de “bom tom” que o Legislativo pudesse funcionar a partir de 10 de janeiro.

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