Canadá busca laços comerciais mais fortes com União Europeia em meio a ameaças tarifárias de Trump
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O Canadá deseja aprofundar seus laços econômicos com a União Europeia (UE) e manter as regras do comércio global diante da ameaça de tarifas de importação dos Estados Unidos, disse a ministra do Comércio, Mary Ng, neste sábado (8) à Reuters.
A UE e o Canadá têm se beneficiado de um acordo de livre comércio desde 2017, que aumentou o comércio bilateral em 65%, e estabeleceram uma parceria de matérias-primas em 2021.
A ministra se reuniu com o chefe de comércio da UE, Maros Sefcovic, para um almoço neste sábado, após uma reunião com a diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, em Genebra, na sexta-feira (7).
“Os acordos comerciais são uma coisa, e vimos números realmente excelentes, mas o que mais podemos fazer para ajudar as empresas canadenses a entrar em qualquer um dos 27 Estados membros. E o que mais podemos fazer para o mesmo no Canadá?”
Ela disse que minerais essenciais e pequenas empresas estariam entre as áreas de foco da UE. O bloco europeu, em particular, está interessado em formar parcerias para garantir metais que são fundamentais para a transição energética – cobalto, lítio e níquel – e reduzir sua dependência da China.
O Canadá também está se esforçando para diversificar suas exportações e estabeleceu uma meta em 2018 de aumentar as exportações para além dos EUA em 50% até 2025. Ng disse que o país está no caminho certo para atingir ou exceder a meta.
O país canadense também fechou acordos comerciais com a Indonésia em dezembro e com o Equador na semana passada e está se esforçando muito na região do Indo-Pacífico. A ministra vai liderar uma delegação com mais de 200 empresas na Austrália, Cingapura e Brunei na próxima semana.
“Estamos na mesa de negociações com os países do Sudeste Asiático. Levei uma grande delegação de empresas canadenses para as Filipinas em dezembro, para a Indonésia, para mercados como Vietnã, Malásia, Japão, Coreia”, acrescentou Ng.
Ottawa ameaçou a imposição de tarifas retaliatórias e ações legais contra os EUA depois que o presidente Donald Trump anunciou tarifas sobre Canadá e México há uma semana e antes de suspender a medida por 30 dias. Ng disse que o Canadá poderia contestar Washington na OMC se as tarifas fossem impostas.
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