Campos Neto segura no puxão de orelha do fiscal e alerta para problema do dólar
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participaram de coletiva no G20 na tarde desta quinta-feira (18).
Após as falas de Campos Neto no dia anterior amargarem o Ibovespa (IBOV), havia expectativa para o que seria dito pelos líderes. No entanto, o índice não apresentou grande variação, e tinha leve recuo de 0,32%, a 123.779 pontos, por volta das 15h34.
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Durante a breve coletiva, Haddad afirmou que a redução drástica nas expectativas de cortes da taxa de juros dos Estados Unidos afetou variáveis macroeconômicas globalmente, levando a uma reprecificação de ativos.
Neste sentido, pontou que está ocorrendo um ajuste de expectativa por parte de ministros da Fazenda e presidentes de bancos centrais, em relação taxa de juros e dólar ficarem elevados por mais tempo, tendo em vista a sinalização do Federal Reserve de postergar cortes nas taxas.
Campos Neto comenta sobre dólar e juros altos por mais tempo
Já Campos Neto ponderou em sua fala que um cenário com dólar forte “é sempre um problema”, podendo gerar reação de bancos centrais pelo mundo. No entanto, apontou que a situação é melhor no caso do Brasil.
Para ele, o fluxo de recursos para o Brasil e as reservas internacionais são aspectos que reduzem problemas neste sentido. Além disso, apontou que o câmbio no Brasil é flutuante e capaz de absorver choques.
Ele reiterou que uma intervenção do Banco Central no câmbio só ocorreria em momento de disfuncionalidade.
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“No caso do Brasil, o dólar é flutuante. O que é relevante para nós é o impacto do dólar na nossa função de reação, no que fazemos no BC, mas entendo que o Brasil tem uma situação diferente porque nossas contas externas são muito fortes”, afirmou.
Confira a coletiva na íntegra:
*Com Reuters