Banco Central

Campos Neto reforça que ata do Copom é técnica; ‘não tem nada na decisão que seja política’

05 abr 2023, 15:17 - atualizado em 05 abr 2023, 15:17
Campos Neto, Haddad
Campos Neto afirma que tentativa de politizar uma coisa que é essencialmente técnica deixa o Banco Central preocupado. (Imagem: REUTERS/ Adriano Machado)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participou de dois eventos nesta quarta-feira (5): do Brazil Investment Forum, do Bradesco BBI e de um encontro do grupo Esfera Brasil. Nas suas falas, Campos Neto fez questão de criticar a politização da política monetária.

Nas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), gerou-se um clima de guerra no qual a autoridade monetária publica um comunicado e representantes do governo reclamam do tom usado. Mas o presidente destaca que as decisões do Banco Central não envolvem política.

“Tem milhares de pessoas, diretores da casa, que sabem que passam a noite rodando modelos, fazendo toda a parte de estimativa, de projeção. Não tem nada na decisão que seja política, é sempre técnica”, apontou Campos Neto no evento do Bradesco BBI.

Segundo ele, essa tentativa de politizar uma coisa que é essencialmente técnica deixa a autoridade monetária preocupada.

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Menos Campos Neto e mais os diretores do Banco Central

Campos Neto disse que o Banco Central se encaminhe para um sistema mais parecido com o Federal Reserve. Lá nos Estados Unidos, é comum que os diretores da autoridade monetária participem de eventos, comuniquem e digam suas opiniões. Não fica tudo concentrado no presidente.

“Personalizar em uma pessoa é muito ruim, isso tem acontecido mais recentemente e eu acho ruim […] Eu gosto muito desse processo onde os diretores têm autonomia e devem o mandato deles ao Senado, da mesma forma como eu devo o meu. Eu sempre tento incentivar os diretores a terem as opiniões mais diversas possíveis”, disse.

Sobre os nomes que vão assumir as cadeiras de diretores de Política Monetária e de Fiscalização, Campos Neto deixou claro que a escolha é uma prerrogativa do governo.

“Não estamos preocupados se é de esquerda ou direita, é preciso ter capacidade técnica”, afirmou em sua fala no Esfera Brasil.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
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