Finanças Pessoais

Campos Neto rebate críticas sobre aumento de fraudes no Pix

24 jul 2024, 14:20 - atualizado em 24 jul 2024, 14:29
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Em evento, Roberto Campos Neto também rebateu críticas a vazamentos no Pix (Imagem: Pixabay/Pexels)

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, defendeu a segurança do Pix que, segundo ele, tem 7 fraudes por 100 mil operações, enquanto no caso dos cartões de crédito o número chega a 30 por 100 mil.

Durante o evento Blockchain Rio, que acontece nesta quarta-feira (24), Campos Neto ainda reiterou que o número de fraudes no Pix aumentou por conta do aumento de transações realizadas pelo sistema.

“Às vezes eu vejo uma narrativa nesse tema de segurança que é muito fora da realidade. Eu vejo os artigos escrevendo que o número de fraudes aumentou muito. Não, o número de fraudes aumentou muito porque muitas coisas passaram a ser feitas com o Pix. A conta que você tem que fazer não é em números absolutos”, disse.

No caso de vazamentos, o presidente do BC afirmou que as informações expostas, como nome, CPF e telefone, são as mesmas que estavam disponíveis em transações que aconteciam antigamente, como no caso dos cheques.

Para o Drex, a moeda digital brasileira, Campos Neto afirmou que um dos problemas atuais é garantir que privacidade, programabilidade e descentralização ocorram ao mesmo tempo. Segundo ele, há soluções para o problema, mas não são escaláveis — uma questão que deverá ser combatida já que o BC espera que o Drex possua o mesmo número de operações que o Pix.

Ao abordar o Pix, citando a previsão de início do Pix Automático para junho de 2025, Campos Neto afirmou que a rápida adesão foi surpreendente. Segundo dados do Banco Central, são 765,5 milhões de chaves registradas e 224,2 milhões de operações em um dia. Atualmente, 151,2 milhões de pessoas e 14,6 milhões de empresas usam o Pix.

Baixo engajamento no Open Finance? Não para Campos Neto

Campos Neto também rebateu comentários acerca do baixo engajamento com o Open Finance, afirmando que, em comparação com a curva de engajamento da Inglaterra, a brasileira é maior.

Em levantamento realizado pelo Datafolha, a pedido da Zetta, uma associação que representa instituições financeiras e de pagamentos, 54,7% dos brasileiros afirmam nunca ter ouvido falar do sistema lançado em março de 2022.

Entre os questionados que afirmaram já ter ouvido falar, apenas 5% relataram estarem informados.

O Open Finance é um sistema que possibilita que clientes de produtos e serviços financeiros compartilhem informações com diferentes instituições bancárias. Segundo Campos Neto, as informações ainda não são totalmente homogêneas e comparáveis, mas já ocorre comparabilidade.

“A gente já consegue ver eficiências de processos, produtos mais customizados, portabilidade… Porque, de novo, o Open Finance é um instrumento para ter portabilidade e comparabilidade em tempo real, para que as pessoas possam de fato ter os melhores produtos pelos melhores preços”, afirmou o presidente do BC.

Estagiária
Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Apaixonada pela escrita e pelo audiovisual, ingressou no Money Times em 2023.
giovanna.pereira@moneytimes.com.br
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