Banco Central

Campos Neto não sai da cabeça de Lula; presidente pede queda da Selic em dia do Copom

02 ago 2023, 13:57 - atualizado em 02 ago 2023, 13:57
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Críticas de Lula acontecem horas antes da decisão do Copom sobre o futuro da taxa básica de juros. (Montagem: Money Times)

Hoje, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne e pode reduzir a Selic pela primeira vez em três anos. A atual política monetária do Banco Central vem sendo alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ele aproveitou um evento para voltar a alfinetar Roberto Campos Neto.

“O Brasil tem hoje a maior taxa de juros real do mundo… Acontece que esse rapaz que está no Banco Central, me parece que ele não entende de Brasil e não entende de povo. Não sei a quem ele está servindo. Aos interesses do Brasil que não é. A lógica pela qual foi aprovada a autonomia do Banco Central também não é”, disse Lula durante o café da manhã organizado com correspondentes estrangeiros no Palácio do Planalto.

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O presidente ainda disse que a economia continuará crescendo mesmo com os juros em um patamar elevado. “Nós vamos continuar crescendo mesmo assim. Essa vai ser a boa surpresa… Por isso eu estou tranquilo”, afirmou.

A declaração de Lula acontece horas antes da decisão do Copom sobre o futuro da taxa básica de juros. Vale lembrar que os diretores e presidente do Banco Central estão em período de silêncio, devido à reunião, e não comentaram sobre a política monetária nos últimos dias.

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Selic: Copom de agosto

O ciclo de aperto monetário do Banco Central começou em março de 2021 e seguiu até agosto de 2022; desde então, a Selic está sendo mantida no patamar de 13,75%. Antes do início do aperto, os juros estavam estacionados em 2%, menor patamar histórico, desde agosto de 2020.

O tamanho do reajuste na taxa básica de juros ainda não está claro.  Uma parte dos analistas prefere seguir a linha mais cautelosa, com um corte de 0,25 ponto percentual – a ideia é de que os núcleos da inflação continuam altos. Já outra parte defende que há espaço para um corte mais ousado, de 0,50 pp.

*Com informações da Reuters