Campos Neto e Haddad entram em cabo de guerra; entenda
Apesar da boa relação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se alfinetaram na última terça-feira (5).
Ontem, após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, Haddad comemorou a alta de 0,1% da atividade econômica. No entanto, ele deixou o recado de que o Banco Central precisa fazer o “trabalho dele” e cortar mais a taxa Selic para que a economia brasileira cresça.
O ministro disse que a taxa de juros real no Brasil atingiu o seu patamar mais alto em meados de junho. “O BC começou a cortar a taxa somente em agosto. Tivemos um PIB positivo, mas fraco. Com os cortes na Selic, esperamos que esse ano fechemos o PIB em mais de 3% de crescimento e um crescimento na faixa de 2,5% no ano que vem”, afirmou.
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Campos Neto fala sobre risco fiscal
Mas Campos Neto não ficou para trás. O dirigente da autoridade monetária aproveitou o evento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, no período da tarde de ontem, para dar um puxão de orelha no governo em relação à responsabilidade fiscal.
Segundo ele, “ninguém espera” que a equipe econômica atinja o déficit zero em 2024, mas destacou que o fiscal está desancorado e a expectativa de inflação um pouco acima da meta para os próximos anos.
“É importante fazer o dever de casa, passar uma mensagem de consolidação fiscal, que estamos trabalhando juntos o fiscal e monetário. Foi um ano melhor que o esperado. É preciso um recado que o fiscal [contas públicas] está em equilíbrio”, afirmou.