Campos Neto destaca que é recomendada cautela na política monetária no Brasil
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou que é recomendada cautela na condução da política monetária no país, e que a dívida pública alta é importante fator de risco, apontando que houve aumento nos juros de 5 anos especialmente para os países de dívida mais elevada — Brasil e África do Sul.
Em apresentação divulgada pelo BC, Campos Neto divulgou que a prorrogação de operações de crédito no âmbito da renegociação de dívidas junto a bancos chegou a 535,7 bilhões de reais no período de 16 de março a 15 de maio, tendo como pano de fundo a crise provocada pela pandemia do coronavírus.
Ele reiterou ainda mensagem da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), apontando que o colegiado considera um último ajuste nos juros, não maior que o corte de 0,75 ponto realizado em maio. Hoje, a Selic está em 3% ao ano.
“O Comitê reconhece que se elevou a variância do seu balanço de riscos e ressalta que novas informações sobre os efeitos da pandemia, assim como uma diminuição das incertezas no âmbito fiscal, serão essenciais para definir seus próximos passos”, trouxe a apresentação.