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Campos Neto afirma que juros mais baixos vão depender do fiscal; veja o que esperar do Ibovespa (IBOV)

03 out 2024, 7:26 - atualizado em 03 out 2024, 7:27
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Campos Neto alerta ser difícil pensar que em trabalhar com juros mais baixos, sem ter uma perspectiva de convergência da dívida. Confira. (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

Roberto Campos Neto deu o recado: se o Brasil quer ter juros baixos, o governo vai precisar fazer algum movimento de choque fiscal positivo.

Durante o evento “Cenário econômico do Brasil e desdobramentos para 2025”, promovido ontem à noite pela Veedha Investimento e da Aurum, o presidente do Banco Central falou sobre a transparência dos números fiscais e a necessidade de um esforço por parte de Brasília.

“Tem um tema recente que é a transparência do número fiscal. Muita gente questiona se os números são transparentes, principalmente no que diz respeito ao cálculo do primário. A gente tem dito que é muito importante que o primário expresse um esforço fiscal no ano corrente”, disse.

Segundo Campos Neto, é “difícil” pensar que em trabalhar com juros mais baixos, de forma estável, sem ter uma perspectiva de convergência da dívida. Além disso, ele destacou que ma queda artificial nos juros levaria a uma correção pela inflação.

Vale lembrar que em sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic para o patamar de 10,75% ao ano, após a manutenção da taxa básica de juros em 10,50% por quarto meses.

Ao ser questionado sobre o que fará após deixar o comando da autoridade monetária a partir de 2025, Campos Neto se limitou a dizer que gostaria de voltar a atuar na iniciativa privada e que não pretende se candidatar a algum cargo público.

Para hoje, mais falas do presidente do BC são esperadas. Ele participará de palestra, por videoconferência, no evento “Webinar with Markus Brunnermeier”, promovido pela Princeton University no início da tarde. E, às 18h, ele estará no evento “Digital Assets Conference Brazil 2024”, promovido pelo Mercado Bitcoin e pela BlackRock.

No último pregão, o Ibovespa (IBOV) estendeu as altas, chegando a atingir os 134 mil pontos ao longo dia. A alta ocorre após a elevação da classificação de risco do Brasil pela Agência Moody’s. O índice fechou em alta de 0,77%, a 133.514,94 pontos.



O que esperar de Wall Street

Do lado internacional, a tensão no Oriente Médio segue pressionando os preços do petróleo, que sobe em torno de 2% nesta manhã. Hoje, Israel lançou um novo bombardeio contra Beirute, capital do Líbano — segundo o país, os ataques estavam sendo feitos contra estruturas específicas do Hezbollah.

Dos indicadores econômicos, a expectativa é em relação ao Payroll , que sairá na sexta-feira (4). Enquanto isso, os Estados Unidos divulgam o ISM e PMI de serviços. Além disso, o país norte-americano também apresentará o número de demissões anual e pedidos de auxílio-desemprego.

De acordo com as previsões do BTG Pactual, o ISM de serviços deve seguir em terreno expansionista, permanecendo como principal vetor de crescimento da economia dos EUA.

Para os dados de emprego, a maioria dos membros do Federal Reserve (10 de 19) projetaram uma uma taxa de desemprego de 4,4% ou mais no próximo ano.

Vale destacar que as últimas falas de Jerome Powell e outros representantes do Fed, sinalizam que o nível de desemprego está ‘muito próximo do máximo emprego’.

As bolsas internacionais e futuros de Wall Street operam majoritariamente no negativo. Vale lembrar que é feriado na China e o mercado local não teve pregão.

Morning Times: Confira os mercados na manhã desta quinta-feira (03)

Bolsas asiáticas

  • Tóquio/Nikkei: +1,97%
  • Hong Kong/Hang Seng: -1,47%
  • China/Xangai: Fechado

Bolsas europeias (mercado aberto)

  • Londres/FTSE100: +0,26%
  • Frankfurt/DAX: -0,51%
  • Paris/CAC 40: -0,81%

Wall Street (mercado futuro)

  • Nasdaq: -0,45%
  • S&P 500: -0,32%
  • Dow Jones: -0,33%

Commodities

  • Petróleo/Brent: +1,99%, a US$ 75,38 o barril
  • Petróleo/WTI: +2,23%, a US$ 71,64 o barril
  • Minério de ferro: -0,09%, a US$ 108,85 por tonelada em Singapura; mercado de Dalian está fechado

Criptomoedas

  • Bitcoin (BTC): -0,67%, a US$ 60.774
  • Ethereum (ETH): -4,05%, a US$ 2.353

Boa quinta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!

*Com informações da Reuters

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
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