Campanha vingativa de Trump para eleição ao Congresso mira deputada Liz Cheney
A campanha de Donald Trump para derrubar os republicanos do Congresso dos Estados Unidos que apoiaram seu impeachment tem seu último grande teste nas primárias de meio de mandato dos Estados Unidos nesta terça-feira, quando Liz Cheney e Lisa Murkowski enfrentam adversários apoiados pelo ex-presidente.
A deputada norte-americana Liz Cheney, que desempenhou um papel importante na investigação do Congresso sobre o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 por apoiadores de Trump, deve perder a disputa em Wyoming para Harriet Hageman, apoiada por Trump, de acordo com pesquisas de opinião.
O destino da senadora Murkowski, do Alasca, é menos claro, já que o formato das primárias não partidárias do Estado permite que os quatro mais bem votados avancem para a eleição geral de 8 de novembro, o que pode trazer uma possível disputa entre Murkowski e Kelly Tshibaka, apoiada por Trump.
Ambos os Estados são seguramente republicanos, tornando improvável que qualquer um deles desempenhe um papel importante na decisão sobre se os democratas do presidente Joe Biden perderão suas maiorias no Congresso. A previsão é de que os republicanos retomem a Câmara e também possuem uma boa chance de ganhar o controle do Senado.
A maioria em qualquer casa do Congresso permitiria aos republicanos interromper a agenda legislativa de Biden. Eles já ameaçam lançar investigações potencialmente danosas sobre seu governo caso ganhem.
Os eleitores do Alasca também determinarão se escolhem Sarah Palin, republicana e ex-governadora que Trump endossou para a única cadeira do Estado na Câmara.
Cheney, filha do ex-vice-presidente republicano Dick Cheney, usou sua campanha –e sua posição no comitê sobre 6 de janeiro– para tentar manter a atenção nas ações de Trump em torno do motim do Capitólio e suas contínuas alegações falsas sobre fraudes na eleição de 2020 para tentar persuadir os colegas republicanos de que o ex-presidente é uma ameaça à democracia.
Terry Sullivan, estrategista político que administrou a campanha presidencial do senador republicano Marco Rubio em 2016, vê a derrota de Cheney na terça-feira como uma “conclusão inevitável”, mas vê seus esforços como parte de uma batalha maior.
“Liz Cheney não está lutando pela reeleição, ela está lutando pela direção do Partido Republicano”, disse ele, ressaltando que alguns observadores têm discutido se Cheney deveria montar uma campanha presidencial em 2024. “É mais uma espécie de começo, não um fim.”
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